Atividade da Construção potiguar reduz queda em março

29 de Abril 2021 - 14h41
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A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, aponta que, no mês de março de 2021, a atividade do setor se manteve em queda, embora menos intensa do que no levantamento anterior. É importante salientar, que, desde a fase mais aguda da pandemia, em abril e maio de 2020, o setor vem reagindo, com oscilações, tendo chegado a crescer em julho e outubro, mas voltou a cair com intensidade em dezembro, e logo moderou o declínio nos meses posteriores.

Mesmo assim, o segmento continua operando abaixo do padrão usual para o período, tendência que se repete initerruptamente desde fevereiro de 2013. Acompanhando o desempenho negativo da atividade, o número de empregados também recuou, mantendo o movimento de baixa que vem sendo observado desde novembro de 2020. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO), por sua vez, manteve-se em 42% em março, replicando o desempenho de fevereiro.

Com esse resultado, o indicador encontra-se 5 pontos percentuais acima do valor registrado em março de 2020 (37%), mas 7 pontos abaixo de sua média histórica, atualmente em 49%.

No primeiro trimestre de 2021, a insatisfação da Construção com a margem de lucro operacional e a situação financeira de suas empresas aumentou, e o acesso ao crédito tornou-se mais difícil. Além disso, os empresários avaliaram que os preços médios das matérias-primas, que começaram a subir no primeiro trimestre de 2020, amentaram ainda mais comparativamente ao trimestre anterior.

Entre os principais problemas relatados pelos empresários do setor, os que foram apontados com mais frequência no primeiro trimestre de 2021 foram, nesta ordem: inadimplência dos clientes (43% das indicações), falta de capital de giro (36%), falta ou alto custo da matéria-prima (29%), elevada carga tributária (29%), burocracia excessiva (29%) e o licenciamento ambiental (29%).

Todos os indicadores de expectativas sofreram queda em abril de 2021, quando comparados ao mês anterior. Em relação ao nível de atividade, as perspectivas ainda são positivas, mas menos otimistas. Os indicadores de compras de matérias-primas e de novos empreendimentos apontam previsão de queda. Quanto ao número de empregados, os empresários preveem manutenção do patamar atual. O indicador de intenção de investimento caiu 6,7 pontos na passagem de março para abril, atingindo 34,7 pontos. Apesar do recuo, o indicador alcançou o maior valor para um mês de abril desde 2014 (46,8 pontos); e ainda é superior à sua média histórica, hoje em 31,5 pontos.

Comparando-se os indicadores avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados nacionais divulgados em 29/04 pela CNI, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional, as expectativas quanto à evolução das compras de matérias-primas, dos novos empreendimentos e do número de empregados para os próximos seis meses continuam positivas.

Evolução mensal da indústria

Os resultados da Sondagem Indústria da Construção CNI/CBIC/FIERN, realizada entre os dias 1º e 15 de abril de 2021, mostram que a atividade do setor se manteve retraída em março, embora em menor intensidade do que no levantamento anterior. A pesquisa também aponta que a atividade segue abaixo do padrão usual para o período, tendência que vem sendo observada desde fevereiro de 2013, de acordo com a série histórica mensal da Sondagem.

Para mais informações, acesse a Sondagem da Construção do RN