Anorc: RN deixa de arrecadar R$ 800 milhões por ano no comércio de carne bovina

16 de Abril 2019 - 14h47
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O deputado estadual Hermano Morais (MDB) anunciou, na sessão desta terça-feira (16), a retomada dos trabalhos da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo e marcou para o dia 29 de abril, a primeira reunião deste ano, para debater com representantes dos setores envolvidos, temas relacionados ao Proadi - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial.

“São incentivos fiscais concedidos e onde o Governo Fátima Bezerra (PT) já anunciou que tem compromisso com sua reformulação”, disse Hermano, ressaltando que há a intenção do Executivo de abranger pequenas empresas. “É preciso buscar alternativas para estimular o crescimento econômico do Estado”, disse Hermano, comparando o Rio Grande do Norte com o vizinho estado da Paraíba, “em situação melhor do que o nosso Estado”, afirmou o parlamentar.

O deputado Hermano Morais tratou ainda, em seu pronunciamento, de um tema específico apresentado pela Anorc – Associação Norte-rio-grandense de Criadores. O tema diz respeito à cadeia produtiva da carne, que movimenta um bilhão de reais por ano no Rio Grande do Norte, mas apenas 20% permanecem no Estado. “Os 80% ficam com os estados produtores de carne congelada para os supermercados aqui do Estado”, disse Hermano, citando o Pará e Tocantins como os Estados que mais distribuem carne para o mercado potiguar.

Hermano alertou que os estados que distribuem a carne para o Rio Grande do Norte se beneficiam de isenção fiscal. “O Rio Grande do Norte sofre por uma fuga de recursos da ordem de R$ 800 milhões por ano. Vamos tratar isso na reunião do dia 29 com os setores do Governo, de forma a favorecer os produtores do Estado”, disse Hermano, lembrando que o Rio Grande do Norte, segundo dados recentes do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - continua perdendo vagas de trabalho. “Nada melhor do que criarmos alternativas”, encerrou o deputado.