
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, afirmou nesta quinta-feira (10) que a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros pode gerar impactos significativos na economia potiguar, especialmente em setores como sal, fruticultura, pesca, petróleo e mineração.
Durante coletiva na Casa da Indústria, em Natal, Serquiz destacou que a elevação das tarifas representa uma preocupação nacional, mas com reflexos diretos no RN, já que o estado depende fortemente da exportação de recursos naturais.
Segundo dados do Observatório da Indústria Mais RN, as exportações potiguares para os EUA somaram US$ 67,1 milhões no primeiro semestre de 2025, crescimento de 120% em relação ao mesmo período de 2024. “Estávamos em uma boa performance, às vésperas da safra da fruticultura e com o sal potiguar tendo espaço garantido no mercado americano. Agora, com a tarifa, perdemos competitividade”, afirmou.
Serquiz alertou que o sal, por exemplo, pode ser excluído do mercado, já que concorrentes internacionais seguem com tarifas de apenas 10%. Ele também demonstrou preocupação com possíveis impactos na inflação e no emprego: “O dólar já subiu e isso pode levar à alta de preços e perda de postos de trabalho”, disse.
A FIERN está em diálogo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para monitorar os impactos e buscar soluções. “Esperamos que o governo brasileiro consiga reverter essa situação por meio do diálogo diplomático”, concluiu.