ABIH pede quebra de monopólio das aéreas e critica senadores do RN: "Xenofobia"

16 de Abril 2019 - 03h00
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Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (15) na Câmara Municipal de Natal o presidente da ABIH-RN (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), José Odécio, fez um apelo aos senadores Jean Paul Prates (PT) e Zenaide Maia (Pros) para votarem a favor da Medida Provisória 863/2018 em benefício da economia do Estado. A MP pretende abrir o setor aéreo ao capital estrangeiro, hoje limitado em 20%.

Essa medida provisória quebra o que o presidente da ABIH chama de "grande monopólio" das empresas aéreas e vai permitir que haja concorrência de empresas estrangeiras no mercado aéreo brasileiro. Jean Paul Prates e Zenaide Maia pediram vista do projeto que tramita em uma comissão mista no Senado. A votação do relatório preliminar da matéria está previsto para esta terça-feira (16), às 14h30.

"Infelizmente dois senadores do Rio Grande do Norte pediram vista. Pra quê, gente? Vamos quebrar esse monopólio. Eu peço a esses senadores do Rio Grande do Norte que peguem esses projetos e coloque-os como prioridade e defendam esse projeto pra quebrar esse monopólio. O resto é só discurso, discurso vazio, é discurso pra plateia, é dizer pra o povo que defende o interesse nacional; mentira, defende o interesse de três companhias aéreas”, criticou José Odécio.

O presidente da ABIH ainda classificou como "discurso de xenofobia” a negativa para se permitir a abertura do setor aéreo ao capital estrangeiro. Ele defendeu a importância do fim do monopólio das empresas que atuam no Brasil.

“É preciso quebrar esse monopólio para promover a concorrência para reduzir os preços das tarifas que são, sobretudo, abusivos para o nosso Estado. Somente com o aumento da concorrência resolveremos o problema dos preços abusivos, e assim ajudar o Brasil e o RN”, ressalta.

A audiência na Câmara foi solicitada pelo vereador Paulinho Freire (PSDB) e subscrita pelos vereadores Nina Souza e Felipe Alves teve como objetivo debater voos regionais, altos preços de passagens, cancelamento de rotas, aquisições e alternativas para a redução da tarifa aérea.