Presidente do PSDB Marconi Perillo é alvo da PF por desvios de verbas em Goiás

06 de Fevereiro 2025 - 13h02
Créditos: Divulgação

O ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025. A ação investiga desvios de recursos destinados à saúde entre os anos de 2012 e 2018, período em que Perillo ocupava o cargo de governador do estado. 

Denominada Operação Panaceia, a iniciativa é conduzida pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Goiânia e um em Brasília. Dois desses mandados têm como alvo Marconi Perillo, incluindo buscas em sua residência na capital goiana. O objetivo é apreender documentos, arquivos digitais e dispositivos eletrônicos que possam contribuir para o aprofundamento das investigações. 

As investigações apontam que os desvios ocorreram por meio de contratos firmados entre o governo estadual e organizações sociais. Essas entidades teriam subcontratado empresas ligadas a políticos e administradores das próprias organizações, resultando no retorno ilegal de parte dos recursos para os envolvidos. Os crimes investigados incluem peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 40 anos de prisão. 

Até o momento, nem Marconi Perillo nem o PSDB emitiram declarações oficiais sobre a operação.

Recentemente, Perillo esteve no Rio Grande do Norte e garantiu que o deputado estadual Ezequiel Ferreira permanecerá na presidência do PSDB no estado até 2027. A declaração veio após a chegada do senador Styvenson Valentim, que deixou o Podemos para se filiar ao partido.

Ao todo, são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sendo dez em Goiânia e um em Brasília. Além disso, a 11ª Vara Federal determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões dos investigados.

De acordo com a PF, os desvios teriam ocorrido por meio de uma organização social contratada pelo Governo de Goiás, que subcontratou empresas ligadas a políticos e administradores da própria entidade. Parte dos recursos teria retornado ilegalmente para esses agentes, prática vedada por lei.

Os crimes investigados incluem peculato (desvio de recursos públicos), corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A CNN Brasil informou que tenta contato com a defesa de Marconi Perillo e com representantes do PSDB.

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