Polícia Civil acredita que tiroteio em Paraisópolis foi intimidação a PMs à paisana

19 de Outubro 2022 - 04h52
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A principal linha de investigação da Polícia Civil de São Paulo sobre o tiroteio ocorrido na manhã de segunda-feira (17) em Paraisópolis aponta que policiais militares à paisana, que estariam na comunidade para monitorar a agenda do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas, possam ter sido intimidados por criminosos da comunidade paulistana. 

“A principal linha seria de uma eventual intimidação pela presença dos policiais militares que foram descobertos dentro da comunidade”, disse Elisabete Sato, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Esses policiais eram da P2, setor de inteligência da Polícia Militar e estavam à paisana. “A presença deles [dos policiais] não tinha nada a ver com a segurança de quem quer que seja. Eles estavam apenas monitorando o que estava acontecendo”, explicou a diretora do DHPP. 

Ela ressaltou, no entanto, que essa é uma hipótese ainda em investigação, mas que, aparentemente, a intimidação foi direcionada a policiais e não ao candidato. Segundo ela, nenhum tiro foi disparado ao prédio onde Tarcísio estava. “Caberá a nós agora essa investigação para apurar o que efetivamente aconteceu: se tratou-se de uma intimidação, se tratou-se de um atentado ou de uma outra circunstância diferente. Ainda não temos essa linha”, destacou. 

Em entrevista coletiva concedida na tarde de hoje na sede do DHPP, o delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves, ressaltou que a Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese para o que ocorreu ontem em Paraisópolis. “A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese, nenhuma possibilidade. Tudo será investigado a seu tempo”, disse. 

Com informações da Agência Brasil