
A PGR (Procuradoria-Geral da República) avalia que medidas seriam cabíveis contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro após a escalada do presidente norte-americano Donald Trump, que impôs tarifa de 50% aos produtos brasileiros.
Para auxiliares do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), a ofensiva de Trump contra o Brasil tem “dedo” de Eduardo, que está nos Estados Unidos (EUA) desde março.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo sugere que a solução para “evitar um desastre” é a anistia “ampla, geral e irrestrita” e a responsabilização daqueles que “abusaram do poder” – referência ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Eduardo é investigado no Supremo por sua atuação nos EUA. Segundo o próprio deputado declarou ao anunciar sua licença do mandato, a viagem tem o objetivo de denunciar supostos excessos do Judiciário brasileiro contra a direita.
A pedido da PGR, Moraes autorizou a abertura do inquérito em maio. Eduardo responde por coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A avaliação de Gonet é de que o parlamentar, ao incitar as autoridades norte-americanas contra o Supremo, tenta livrar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, de uma eventual condenação por golpe de Estado.
Nesta semana, Moraes atendeu a um requerimento da PF (Polícia Federal) e prorrogou o inquérito por mais 60 dias, para que diligências ainda pendentes possam ser cumpridas e embasar o relatório final.
Com informações de CNN