Nutricionista potiguar traz sete dicas para começar a perder o peso ganho durante a pandemia

29 de julho 2021 - 11h18
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Uma alimentação adequada e saudável garante uma boa nutrição e o funcionamento adequado de todo o corpo. Portanto, ela influencia, e muito, na saúde. Com a chegada inesperada da COVID-19, a vida dos brasileiros virou de cabeça para baixo e a alimentação passou a ser um viés de preocupação, já que é responsável – na linha de frente – para manter uma boa imunidade. Trouxe um cuidado redobrado, uma vez que estar com as condições nutricionais em dia, por meio do consumo adequado de alimentos saudáveis e água potável, contribui para o fortalecimento do sistema imunológico, para a manutenção e a recuperação da saúde.

Em um estudo realizado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) apontou em análises iniciais um aumento generalizado na frequência de consumo de frutas, hortaliças e feijão durante a pandemia da covid-19. Ao mesmo tempo, indicou que nas regiões Norte e Nordeste e entre pessoas de escolaridade mais baixa houve aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, produtos industrializados que contêm adição de muitos ingredientes e compostos químicos. A pesquisa que envolveu mais de 10 mil participantes sugere, claramente, resultados de desigualdades sociais.

Dentro do cenário mencionado, é possível compreender que para pessoas com melhor poder aquisitivo, que passaram a ter mais tempo em casa para preparar suas refeições e se dedicar a uma rotina com mais tranquilidade, houve uma melhora no hábito alimentar. Outras que sofreram com efeitos econômicos e precisaram reduzir gastos, foram obrigadas a escolher para mesa os alimentos básicos e ultraprocessados.

Com tudo, a crise sanitária sem precedentes, que instala a solidão, insegurança, angústia e instabilidade econômica, também deu visibilidade para a importância da saúde mental, colocando em foco o bem-estar psíquico da população.  A privação acompanhada de medo levou as pessoas a comerem mais. A ansiedade tem sido um dos fatores que vêm causando a má relação com a comida. As incertezas fazem com as pessoas acabem descontando na comida seus desafetos e medos. O resultado disso é a população novamente com a saúde fragilizada, acompanhada de ganho de peso e doenças metabólicas relacionadas, caindo por terra toda a preocupação com saúde do início da pandemia.

Se pensarmos no termo “novo normal”, é chegada a hora de superar as dificuldades e sair desse ciclo vicioso de emoções e alimentação. Para sair da zona de conforto e dar um basta se faz necessário dar o primeiro passo para essa mudança. Não é preciso ideias mirabolantes, ao contrário disso, pequenas atitudes no dia a dia já fazem a diferença. Confira abaixo algumas dicas da Nutricionista Esportiva e Estética, Dyla Gomes, para que você possa começar a perder esses quilinhos que foram adquiridos durante a pandemia:

  • Compreenda que a mente precisa do corpo e o corpo precisa de mente! Encontre algum hobby que te distrai, que te motive, que tire o foco da alimentação, ela não é nossa única válvula de escape. Uma ótima ideia também é meditar! Comece com meditações guiadas e de curto tempo, vá aumentando à medida que o hábito for se inserindo em sua vida.
  • Agora que a mente está recebendo cuidados, comece mudando sua alimentação partindo para o natural. Prefira alimentos naturais, vivos e energizantes, naturalmente ricos em fitoquímicos e com ação desintoxicante. Quanto mais colorido seu prato, melhor! Utilize molhos naturais para temperar a salada: sal marinho, limão ou vinagre balsâmico, azeite Extra virgem e ervas/condimentos (como cúrcuma, açafrão, páprica). Substitua farinhas refinadas, açúcar, aditivos químicos etc. por raízes, vegetais e frutas, que são ricos em vitaminas e minerais, além de conterem fibras que ajudam a dar mais saciedade.

  • Fome pode ser sede, beba água! O hipotálamo é o responsável pelo envio de mensagens de fome e sede. Sentir a sensação de fome é mais comum do que a de sede, e quando essa aparece, provavelmente já estamos 2% desidratados. Uma das funções da nossa alimentação é fornecer uma parte da água que precisamos diariamente. Por isso que muitas vezes, quando estamos pouco hidratados, nosso corpo “pede comida”, mas com o objetivo de adquirir água.
  • Evite frituras e alimentos ricos em gorduras saturadas: as gorduras de modo geral possuem digestão mais lenta e, portanto, devem ser evitadas, principalmente na forma de preparações fritas, carnes gordurosas e derivados do leite, que além de alterarem a flora intestinal, são também pró-inflamatórias. Use óleos vegetais (preferencialmente óleo coco e azeite, ricos em monoinsaturados) com moderação no preparo de alimentos assados, cozidos, grelhados e no vapor.
  • Para ter uma vida saudável é preciso levantar da cadeira ou do sofá e se movimentar. Portanto, espante a preguiça e comece a fazer alguma atividade física. Os benefícios são diversos. Quer um exemplo? Se você anda muito estressado, uma corridinha, um passeio de bicicleta e até mesmo uma partida de futebol ou vôlei podem diminuir sua tensão.
  • Tenha o sono em dia! Se temos uma péssima noite de sono, o dia não rende. A energia acaba, o cansaço toma conta e os nervos ficam à flor da pele. Uma noite mal dormida pode prejudicar seriamente nosso organismo, causando obesidade, depressão e ser um gatilho para doenças cardiovasculares, diabetes e problemas de memórias.
  • Planeje sua rotina alimentar: Uma ferramenta muito útil para isso é o chamado planejamento alimentar, ou, do inglês, “meal planning”. Basicamente, é uma planilha que ajuda a organizar o que se pretende comer, ou cozinhar, no período de uma semana, aproveitando aquilo que já existe na despensa e verificando o que é preciso comprar.