
Praticar exercícios regularmente é essencial para manter a saúde, mas nem toda atividade física é segura para pessoas com doenças cardíacas. Segundo o cardiologista Rafael Marchetti, pós-graduado em medicina do exercício e do esporte, atividades de alta intensidade — como musculação com cargas pesadas, corridas longas e esportes competitivos — podem sobrecarregar o coração e causar picos de pressão, arritmias ou até infartos, especialmente em quem já possui uma condição cardíaca.
Marchetti recomenda que pacientes cardíacos busquem orientação médica antes de iniciar qualquer rotina de exercícios, para garantir segurança e personalização do treino. Modalidades com mudanças bruscas de ritmo, como futebol e tênis, devem ser evitadas sem liberação profissional.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) revelam que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Até o dia 8 de maio de 2025, o Cardiômetro registrava mais de 141 mil mortes por problemas do coração e da circulação. A expectativa é de que esse número ultrapasse 400 mil ao longo do ano.
As doenças cardíacas mais fatais no país, segundo o relatório Estatísticas Cardiovasculares 2023, são:
Doença Arterial Coronariana (DAC);
Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Ambas estão ligadas ao acúmulo de placas de gordura nas artérias, processo agravado por maus hábitos como má alimentação, sedentarismo, tabagismo e estresse.