Lula aciona TSE contra algoritmo do YouTube

15 de Setembro 2022 - 03h31
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Nesta quarta-feira (14), o Partido dos Trabalhadores, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ajuizou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o algorítimos do YouTube, que sob acusação de está supostamente favorecendo vídeos da Jovem Pan News.

A denúncia é baseada em um levantamento do NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que apresentou que o algoritmo do YouTube supostamente privilegia vídeos da Jovem Pan com conteúdos pró-Bolsonaro nas recomendações.

“O privilégio concedido aos conteúdos da Rede Jovem Pan podem violar esse acordo, bem como o princípio da neutralidade das redes, previsto no Marco Civil da Internet”, diz a campanha de Lula. Os advogados pedem que o Google se manifeste sobre os dados levantados pelo estudo da UFRJ e que anuncie quais medidas irá adotar para corrigir a suposta irregularidade apontada.

Em nota, o YouTube explicou que seus sistemas de recomendação levam em consideração diversos “sinais”. “Esses sinais incluem cliques, tempo assistindo, respostas a pesquisas, número de compartilhamentos, números de cliques em ‘gostei’ e ‘não gostei’, entre outros”, afirma a plataforma de vídeos.

Eis a explicação do YouTube:

“Nosso  sistema de recomendações busca ajudar as pessoas a encontrarem vídeos que lhes ofereçam algo útil e interessante. Para fazer isso, nos baseamos em vários tipos de ‘sinais’, ou seja, dados que alimentam o sistema. Esses sinais incluem cliques, tempo assistindo, respostas a pesquisas, número de compartilhamentos, números de cliques em ‘gostei’ e ‘não gostei’, entre outros.

Desde 2019, o nosso sistema de recomendação vem passando por uma série de atualizações para reduzir o conteúdo que está no limite das diretrizes – atualmente, o consumo de conteúdo limítrofe que chega por meio das recomendações é inferior a 0,5%. O YouTube também oferece aos espectadores uma variedade de ferramentas para melhorar a experiência deles na plataforma e decidir quais informações pessoais serão usadas para influenciar as recomendações.

Lembramos que o YouTube é uma plataforma aberta, em que qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo, desde que esteja de acordo com nossas políticas de comunidade . Esse robusto conjunto de regras está em constante processo de evolução e busca garantir equilíbrio entre liberdade de expressão e a segurança dos nossos usuários.

Nossas  diretrizes da comunidade definem as regras usadas no YouTube e, ao mesmo tempo, abrem espaço para diversas opiniões. Nossos revisores estão espalhados pelo mundo, e aplicamos nossas  políticas de conteúdo com consistência, independentemente de porta-voz, ponto de vista político, histórico, posição ou afiliações. Para ajudar a determinar isso, o YouTube conta com uma política de ‘EDSA’, sigla em inglês que significa ‘Educacional, Documental, Científico ou Artístico’ “.

Com informações do Terra Brasil Notícias