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Diante do cenário da pandemia do novo coronavírus, o número de pessoas com estresse e ansiedade tem crescido substancialmente. Um dos principais motivos? O excesso de informação, sobretudo, o de notícias falsas. Nesse contexto, as redes sociais tem sido o verdadeiro epicentro de "contágio" de uma verdadeira infodemia de coronavírus.
“A pandemia gerou uma infodemia, ou seja, um consumo exagerado de informações sobre tal tema que gera adoecimento psíquico. A busca incessante por informação gera uma ilusão de controle da situação, uma necessidade de consumir toda e qualquer informação desse tema”, destaca a psicóloga Lenira Calafange.
A psicóloga desta que, além da ilusão de controle, há também uma busca por conforto. Ela aponta que há uma tendência ao consumo de notícias até que se encontre uma informação que traga conforto. “Não encontrando esse conforto que se espera, você fica preso nesse vírus da infodemia, nesse desespero por informação, acaba consumindo ainda mais conteúdo na esperança de encontrar esse conforto, quando só se encontra ainda mais informações que causam pânico”, pontua Calafange.
Fake news
“É importante termos clareza que existe um termo chamado “agenda setting”, que é a tendência de todos os canais de comunicação estarem falando sobre um mesmo tema, pois afinal esse parece ser o único tema possível já que não sai da cabeça da população”, aponta a psicóloga.
Durante a produção das notícias, a especialista afirma que pode haver uma tendência alarmista. “Pegam carona no assunto mais falado do momento surgindo aí as fakes news. Por isso a importância de checar a fonte da informação. A incapacidade de lidar com a incerteza e a não aceitação da falta de controle fortalece a infodemia, que fortalece a ansiedade”, finaliza Lenira Calafange.
Contato: 9 8871-2836
Instagram: @psi.lenira.calafange
