Bolsonaro: Doria é 'moleque' e ele e Maia querem sua cadeira para 'roubar'

16 de Janeiro 2021 - 03h49
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O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta sexta-feira (15), a declarações de autoridades que o responsabilizam pela crise devido à pandemia do novo coronavírus no país. Em entrevista para a TV Band, ele chamou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) de "moleque" e afirmou que ele se juntou ao presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tirá-lo do cargo.

"Eles querem essa cadeira (de presidente) para roubar, para fazer o que sempre fizeram. Estamos dois anos sem corrupção, isso incomoda Maia e Doria", disse Bolsonaro. "Esse inferno que querem impor na minha vida não vai colar. E eu vou continuar fazendo meu trabalho. Não tem do que me acusar. Tem 40 a 50 processos de impeachment, não valem nada", completou.

Ontem, em entrevista após encontro com Maia em São Paulo, Doria responsabilizou o governo federal pelo cenário de falta de abastecimento de oxigênio em Manaus, no Amazonas. De acordo com Doria, a postura do presidente é de "genocida". 

Rebatendo a declaração de Doria, Bolsonaro fez referência à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a autonomia de Estados e municípios para adoção de medidas de enfrentamento contra a doença, em parceria com o governo federal dizendo que a Corte o "proibiu" de fazer algo.

"O Supremo me tirou esse direito em abril do ano passado. Eu não posso fazer nada no tocante ao combate ao coronavírus, segundo decisão do STF", afirmou.

Após declarar que o governo já fez a sua parte para enfrentar a crise em Manaus, Bolsonaro disse nesta sexta-feira (15) que as ações não se restringem a discurso.

"Mais do que discurso, o nosso governo está em Manaus, está no Amazonas para ajudar o povo. Mesmo proibidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) temos levado alento", afirmou.

Ontem (15) pela manhã, conversando com apoiadores, o presidente declarou que "o problema em Manaus é terrível. Fizemos a nossa parte, com recursos e meios".

Fonte: Estadão