Dino sobre SP: "Houve uma reação imediata da polícia que nesse momento não me parece ser proporcional"

01 de Agosto 2023 - 03h09
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“Houve uma reação imediata que não parece ser proporcional”, diz Flávio Dino sobre operação após morte de PM em SP.

Ministro da Justiça afirmou que imagens das câmeras corporais dos policiais ajudarão a apurar eventuais excessos da corporação.

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta 2ª feira (31.jul.2023) que “não parece proporcional” a reação da polícia de São Paulo depois da morte de um policial militar na última semana. Ele, entretanto, prestou solidariedade à família do PM assassinado e descartou qualquer tipo de intervenção no Estado.

Uma operação da Polícia Militar do Guarujá, no litoral paulista, matou ao menos 10 pessoas desde 6ª feira (28.jul), informou a Ouvidoria da Polícia do Estado no domingo (30.jul). A ação é uma reposta ao assassinato dp policial Patrick Bastos Reis, morto a tiros na 5ª feira (27.jul).

“Chama atenção o fato de você ter um terrível crime contra um policial, um crime realmente que merece o repúdio, a repulsa. Sendo usado, inclusive, uma pistola de 9 mm e houve uma reação imediata que não parece, nesse momento, ser proporcional em relação ao crime que foi cometido”, afirmou Dino.

O ministro, porém, ponderou que é preciso aguardar as investigações do Estado de São Paulo para fazer qualquer afirmação sobre o caso. Para ele, as câmeras no corpo dos policiais devem esclarecer se a reação da polícia foi ou não desproporcional.

“O governo federal não tem uma postura intervencionista, de intervir nas competências dos Estados, nós temos que aguardar a condução do Governo de São Paulo”, disse.

O ouvidor Claudio Aparecido da Silva contou em entrevista à GloboNews que moradores da cidade relataram torturas. Os agentes de segurança também teriam prometido matar ao menos 60 pessoas. Outras duas mortes aguardam confirmação.

O suspeito, Erickson David da Silva, 28 anos, é conhecido por atuar como sniper –atirador profissional– do tráfico. Foi preso no domingo (30.jul), na zona sul da capital paulista.

O governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou pelo Twitter que, ao todo, 3 envolvidos foram presos. “A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune”, completou.

O suspeito de matar um policial militar em São Paulo, Erickson David da Silva, gravou um vídeo antes de ser preso pedindo que o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, parassem com a “matança”.

Com informações do Metrópoles e Poder 360