Contra perda de regime domiciliar, defesa diz que Maluf tem demência e Alzheimer

13 de Abril 2021 - 13h13
Créditos:

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou a realização de uma perícia médica para avaliar as atuais condições de saúde do ex-prefeito Paulo Maluf. O exame foi solicitado após a Procuradoria Geral da República pedir a revogação do regime de prisão domiciliar ao qual Maluf está submetido desde 2018 por razões humanitárias. O Ministério Público Federal quer que retorne ao complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Um relatório médico de 2018 apontou que era imprescindível que o ex-prefeito de São Paulo recebesse "cuidados específicos" para "múltiplas metástases ósseas em coluna vertebral e quadril". A Procuradoria, porém, entende que a manutenção do regime domiciliar é "extemporânea", pois se baseia em circunstâncias médicas antigas.

Maluf está com 89 anos. Os advogados dele enviaram à Justiça um novo laudo médico, assinado pelo neurologista Wanderley Cerqueira de Lima. Eles querem que o ex-prefeito receba indulto humanitário. Segundo o documento médico, desde novembro do ano passado, Maluf tem períodos de desorientação e de confusão mental, com quadro compatível com demência e evoluindo para Doença de Alzheimer.

Além disso, conforme o laudo, desde uma queda em outubro de 2019, na qual fraturou o colo do fêmur esquerdo, Maluf teve piora acentuada na locomoção, necessitando permanentemente de cadeira de rodas. A perícia ainda não tem data marcada para ser feita.

Paulo Maluf cumpre em regime domiciliar uma pena de 7 anos e 9 meses por lavagem de dinheiro em crime relacionado ao desvio de recursos de obras do período em que foi prefeito de São Paulo. Cumpre ainda outra pena de 2 anos e 9 meses por crime eleitoral.

Fonte: UOL