Caso Mariana Ferrer: Conselheiro pede que CNJ analise conduta de juiz e promotor

03 de Novembro 2020 - 14h48
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O conselheiro do Conselho Nacional de Justiça Henrique Ávila pediu que a corregedoria do órgão analise a conduta do juiz e do promotor que atuaram no caso da influenciadora Mariana Ferrer. O empresário André de Camargo Aranha foi acusado por “estupro culposo”, que não existe na lei, e foi absolvido.

“Em virtude da gravidade dos fatos veiculados pela imprensa, venho à presença de Vossa Excelência requerer a imediata abertura de Reclamação Disciplinar para a imediata e completa apuração da conduta do Juiz de Direito Rudson Marcos, do TJSC, na condução do processo criminal movido pelo MPSC contra André de Camargo Aranha pela imputação de suposto crime de estupro de vulnerável em que consta como vítima Mariana Ferrer”, escreveu Ávila.

O conselheiro mencionou a audiência do caso, cujo vídeo foi divulgado pelo The Intercept Brasil, e afirmou que, na ocasião, Mariana passou por “tortura psicológica”. 

“As chocantes imagens do vídeo mostram o que equivale a uma sessão de tortura psicológica no curso de uma solenidade processual”, disse Ávila. “A vítima, em seu depoimento, é atacada verbalmente por Cláudio Gastão da Rosa Filho, advogado do réu. Fotos da vítima são classificadas como 'ginecológicas'; seu choro, como 'dissimulado, falso'; sua exasperação, como 'lagrima de crocodilo”. Afirma o advogado que não deseja ter uma filha ou que seu filho se relacione com alguém do 'nível' da vítima e que o 'ganha-pão' da vítima é a 'desgraça dos outros'”, concluiu.

Fonte: CNN