Bolsonaro divulga postagem que acusa China de piratear mares e saquear recursos

26 de Dezembro 2020 - 16h25
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O presidente Jair Bolsonaro divulgou em seus perfis nas redes sociais, na tarde deste sábado (26), uma publicação que acusa a China de praticar “pesca predatória, ilegal, criminosa, pirata, bucaneira, em mares do mundo inteiro” e ainda de “saque de recursos naturais de outras nações sem pedir licença”.

O texto é produzido a partir de uma suposta negociação entre uma empresa chinesa com sede brasileira em Goiânia, Goiás, a Ample Develop Brazil Ltda, com o prefeito eleito da cidade gaúcha de Rio Grande e com o governo do Rio Grande do Sul para montar um projeto de pesca de arrasto marinho no qual a companhia investiria 30 milhões  de dólares (pouco mais de 150 milhões de reais).

Não existem informações oficiais sobre a negociação, e a conclusão de que o negócio poderia se estender por todo o litoral do Brasil é do autor. A informação inicial, sobre a negociação, foi postada no último dia 12 no blog do jornalista gaúcho Políbio Braga.

O texto compartilhado por Bolsonaro, do jornalista Vitor Vieira, faz duras críticas a China e insinua que o negócio no sul seria somente o início.

Trechos

De acordo com o texto, existe uma “situação crítica e tensa vivida há alguns anos, de forma silenciosa, no Atlântico Sul, decorrente da ação das frotas pesqueiras da China”.

A publicação diz ainda que a empresa seria fornecedora do Exército chinês. O texto é finalizado com a afirmação de “o mar brasileiro, definitivamente, não pode ser entregue ao controle de piratas chineses. A China pratica pesca predatória, ilegal, criminosa, pirata, bucaneira, em mares do mundo inteiro. Ela faz saque de recursos naturais de outras nações sem pedir licença”.

A divulgação da postagem é mais um capítulo na tensão que a família Bolsonaro tem construído com o país asiático, maior comprador do Brasil. Em novembro, o filho do preesidente, deputado estadual Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), acusou os chineses de planejarem realizar ciberespionagem por meio dedes de telefonia 5G. A embaixada chinesa deu uma respota dura, afirmando que quem fizesse esse tipo de comentário teria que "arcar com as consequências".

Fonte: Metrópoles