Bolsonaro assina acordo para exportação do melão do RN para a China

13 de Novembro 2019 - 11h18
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O governo do presidente Jair Bolsonaro Brasil fechou nesta quarta-feira (13) um acordo com a China que viabiliza a exportação de melão para o país asiático. O acordo irá beneficiar os estados do Nordeste produtores da fruta, principalmente o Rio Grande do Norte, maior exportador do melão no país.

De acordo com uma estimativa do Governo do RN, o acordo para a exportação para o país asiático deve resultar na geração de 10 mil novos empregos diretos no Rio Grande do Norte nos próximos três anos.

Além disso, o governo estadual projeta que os primeiros contêineres com frutas produzidas no RN devem ser enviados à China a partir de fevereiro, consolidando a exportação plena a partir da safra 2020-2021.

Em contrapartida, os chineses poderão vender pera para o mercado brasileiro. Os atos foram firmados hoje (13) após reunião bilateral dos presidentes Jair Bolsonaro e Xi Jinping, dentro da XI Cúpula do Brics, em Brasília. A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou do encontro.

O acordo para exportação de melão é simbólico, pois se trata do primeiro entendimento com a China sobre frutas. Além da diversificação da pauta exportadora agrícola para a China (a maioria das vendas é de soja e carne), o protocolo tem potencial de alavancar a fruticultura brasileira, principalmente da Região Nordeste, que hoje direciona as vendas externas para a Europa.

"Os acordos assinados e os protocolos de intenção serão potencializados por nós para o bem dos nossos povos. A China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil", disse o presidente Jair Bolsonaro após a cerimônia de atos.

MISSÃO À CHINA

A medida foi negociada durante recente visita do presidente Bolsonaro e da ministra Tereza Cristina à China. A ministra disse que as negociações com os chineses vão além dos acordos assinados hoje. Segundo ela, os dois países acertaram o certificado sanitário para a exportação de farelo de algodão brasileiro e negociam a exportação de farelo de soja e a ampliação das vendas de café brasileiro para os chineses.

"Temos um plano de trabalho conjunto entre as agriculturas brasileira e chinesa. Já temos vários entendimentos em andamento das nossas visitas, mas a parceria com a China fica mais robusta com a reunião de hoje", afirmou a ministra.

Foi firmado também plano de ação para colaboração agrícola, que prevê transferência de tecnologia, inovação, atração de investimentos e promoção comercial entre os dois países. 

BRICS

Presidida pelo presidente Jair Bolsonaro, a XI Cúpula do Brics é realizada em Brasília nesta quarta e quinta-feiras (14). Participarão o presidente Vladimir Putin (Rússia), o primeiro-ministro Narendra Modi (Índia), o presidente Xi Jinping (China) e o presidente Cyril Ramaphosa, da África do Sul.

"O Brasil exerce, este ano, a presidência de turno do Brics, sob o lema 'Crescimento Econômico para um Futuro Inovador'. As áreas prioritárias de trabalho são: ciência, tecnologia e inovação; economia digital; aproximação entre o Conselho Empresarial do Brics e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB); saúde e combate à corrupção e ao terrorismo", informa o Ministério das Relações Exteriores.

Na cúpula, os mandatários irão discutir formas de intensificar a cooperação intra-Brics. Ao final, uma declaração tratará de temas da agenda internacional e da cooperação no âmbito do agrupamento.

Serão realizadas, durante os dois dias, reuniões bilaterais entre o presidente Jair Bolsonaro e os mandatários dos demais países-membros. Nesta quarta-feira, há sessão de encerramento do Fórum Empresarial do Brics, que reunirá cerca de 500 empresários dos cinco países.

A ministra Tereza Cristina integra a delegação do Brasil e participará das sessões plenárias, encontros bilaterais e fórum empresarial.

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