Após depoimento à PF, versão de Gonçalves Dias deixa dúvidas

22 de Abril 2023 - 14h58
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A versão do general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que prestou depoimento na sexta-feira (21) à Polícia Federal, deixou questões em aberto.

Primeiro, o ex-ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ter chegado ao Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, às 14h50, antes, portanto, da invasão do prédio, que começou por volta das 15h01 daquele dia.

As primeiras imagens que mostram o ex-ministro são das 16h29. Portanto, não se sabe até o momento quais foram as medidas adotadas pelo general durante esse período de quase uma hora e meia.

No depoimento, ele afirmou que pediu reforço ao Comando Militar para proteger as instalações. Mas só aparece nas imagens até agora já tentando evitar a invasão do gabinete do presidente Lula e apenas direcionando manifestantes para escadas, sem efetuar prisões.

Na fala à Polícia Federal, o militar, que era o responsável pela segurança do Palácio do Planalto, disse ainda que não teve conhecimento de que o coordenador de avaliações de risco do GSI, o coronel Alexandre Santos de Amorim, havia classificado os protestos do dia 8 como risco "laranja", o segundo maior, ou seja, com alto risco.

Gonçalves Dias também detalhou o número de homens à disposição no dia dos protestos. Afirma que havia 45 agentes de coordenação geral de segurança, 46 militares da Cavalaria e guardas e 38 militares de choque do Batalhão de Guarda.

Com informações de R7