As cooperativas que querem anular licitação para os serviços de saúde

23 de Maio 2025 - 18h58
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O processo judicial em que a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte tenta suspender a licitação de um serviço essencial de saúde da Prefeitura de Natal reserva uma “coincidência” curiosa. A Coopsaúde, que sequer participou do processo licitatório, ingressou com uma ação judicial na qual afirma que a Coopmed “tem condições de manter os serviços, mesmo sem contrato há mais de seis anos”.

Outro ponto inusitado na atuação das cooperativas nesse processo é que o atestado apresentado pela Coopsaúde — “coincidentemente” — atesta que a Coopmed seria uma boa prestadora de serviço. A Coopmed, desclassificada por não atender às exigências da licitação, acabou ganhando uma “aliada inesperada”.

Após ser derrotada duas vezes no Tribunal de Justiça na tentativa de barrar a licitação, a Coopmed viu a Coopsaúde também entrar com um mandado de segurança com o mesmo objetivo. A pergunta que fica é: por que a Coopsaúde quer anular uma licitação da qual nem sequer participou? E mais: com as regras atuais, ela não teria sequer condições de concorrer.