
O Centro de Ensino Médio Ave Branca (CEMAB), de Taguatinga Sul, tornou-se palco de protesto por alunos que denunciam um caso de assédio envolvendo uma estudante de 16 anos e o coordenador da unidade. O caso veio à tona após a adolescente relatar publicamente episódios de constrangimento e falta de acolhimento por parte da direção durante uma palestra realizada no colégio. A informação é do Metrópoles.
Segundo ela, o episódio inicial ocorreu no dia 11 de abril, quando foi chamada para assinar uma advertência por conta da cor de uma calça que não se enquadra no perfil de vestimenta da instituição. Ela rebateu afirmando que não poderia trocar naquele momento porque tinha apenas um short curto na mochila.
O coordenador da escola teria feito, então, comentários de cunho sexual. “Ele disse que nem precisava me falar como ele queria que eu me vestisse, e me olhou de cima a baixo sorrindo”, relatou a aluna. A vice-diretora, informada do caso, reconheceu o assédio, mas afirmou que apenas conversaria com o funcionário, sem tomar qualquer medida de proteção.
O caso ganhou novas proporções nessa quinta-feira (22/5), durante uma palestra sobre o Maio Laranja – mês de combate ao abuso Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Ao ser convidada ao palco para perguntas, a aluna questionou: “Como podemos nos sentir seguros na escola se temos um funcionário assediador e a direção não faz nada?”. O questionamento gerou comoção e encorajou outras alunas a relatarem situações semelhantes envolvendo o mesmo coordenador.
Após a circulação da notícia dentro da escola, o homem teria ainda se pronunciado para a turma, de forma a insultar e desqualificar a menina publicamente. “Ele disse que para me assediar teria que ter interesse em mim, e que minha aparência até o enojava”, relatou a estudante.
Procurada, a direção da escola não havia se manifestado até a última atualização deste texto. O espaço permanece aberto.