Veja dicas de como economizar como o bilionário Warren Buffett

13 de Novembro 2022 - 10h07
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Com patrimônio de US$ 100 bilhões, o bem-sucedido investidor norte-americano Warren Buffett acredita fortemente na importância de só gastar com o necessário.

O UOL preparou cinco dicas baseadas em hábitos do principal acionista da Berkshire Hathaway sobre como poupar dinheiro para enfrentar os momentos de aperto e aproveitar sem preocupações os de lazer.

Comece a apreciar o que você já tem. Enquanto a maioria dos bilionários coleciona imóveis, Buffett mora há mais de 60 anos numa casa localizada no Estado de Nebraska, nos EUA. A residência comprada por cerca de US$ 300 mil (em valores corrigidos) hoje é avaliada em US$ 1 milhão.

O local passou por poucas reformas ao longo dos anos e Buffett parece não ter planos de se mudar.

"O terceiro melhor investimento que já fiz foi a compra da minha casa, embora eu tivesse ganhado muito mais dinheiro se tivesse alugado e usado o dinheiro para comprar ações", disse ele numa mensagem a sócios em 2010. "No entanto, uma casa pode se tornar um pesadelo se os olhos do comprador forem maiores que sua carteira", continuou.

Se a casa que você quer comprar cabe no seu orçamento, o investimento pode mesmo valer a pena. Por outro lado, ao ignorar a responsabilidade financeira, você corre o risco de ter de lidar com dificuldades cedo ou tarde.

Pare de ostentar o carrão do momento. Cheirinho de carro novo é uma delícia. Com modelos e cores chamativos, os antigos também são um charme. Deu até vontade de trocar o seu, né? Mas será que você precisa de um possante novo?

Dono de uma Cadillac XTS desde 2014, Buffett prefere automóveis usados, com preços reduzidos.

Quer você opte por um carro novo ou de segunda mão, não gaste além do seu limite e busque as melhores ofertas. Considere também quanto pode gastar com revisões, combustível, IPVA, seguros, eventuais multas e pequenos reparos. Para a conta fechar, cada detalhe importa.

Você não precisa de um iPhone (ou de qualquer smartphone) novo. Quase todo ano a Apple lança versões mais modernas do cobiçado aparelho, com preços de R$ 8.000 a R$ 10 mil —e com poucas novidades em relação a modelos antigos (e mais baratos).

Buffett não se importa muito com marcas famosas: ele usava o mesmo celular desde os anos 2000 antes de trocá-lo por um smartphone durante a pandemia. Que tal comprar um aparelho de qualidade por um preço mais em conta, e investir o restante do dinheiro para ver ele crescer ao longo do tempo?

Fuja do cheque especial. Buffett atribui seu sucesso financeiro à tomada de boas decisões. Na avaliação dele, saber poupar é um exercício constante de autoreflexão. Em entrevista ao Yahoo, por exemplo, o investidor disse em 2019 que prefere usar dinheiro em espécie em vez de cartão.

A facilidade de acesso a crédito pode te deixar sempre no vermelho se você criar o hábito de usar esse recurso sempre que julgar necessário. Evite estourar o limite dos seus cartões e lembre-se que os juros do cheque especial, cobrados diariamente, pode levar o valor final da fatura às alturas se houver atraso no pagamento.

Estude, analise e busque ajuda sobre educação financeira. Sexto homem mais rico do mundo, Buffett atribui parte do próprio sucesso à paixão por investimentos. "Você tem que amar algo para se sair bem nisso", diz ele.

Além de guardar dinheiro, traçar planos realistas e cortar gastos, busque ajuda de especialistas certificados antes de tomar uma decisão sobre como e em que investir. Educação financeira é a chave para tomar escolhas inteligentes de olho em objetivos de curto, médio e longo prazo.

Quem é Warren Buffett?

Nascido em 1930, Buffett começou a investir no mercado acionário por volta dos 10 anos, quando comprou ações de companhia do setor de óleo e gás. Aprofundou o conhecimento sobre finanças numa escola especializada e, depois, se formou em economia na Universidade de Nebraska.

A Berkshire Hathaway começou como uma fábrica de produtos têxteis, que passava por dificuldades quando Buffett começou a comprar fatias dela na década de 1960. Sem conseguir vender sua participação por US$ 11,50 por ação, o hoje megainvestidor tomou o controle da empresa em 1965.

Ele então passou a usar a companhia para comprar participações em outras empresas e reduziu o foco na indústria têxtil.

O ano de 1985 marcou o fim da Berkshire como empresa de tecidos. Hoje, a companhia administra negócios como a empresa de sorvetes Dairy Queen, a ferroviária Burlington Northern Santa Fé, além de seguradores e empresas de transporte.

A Berkshire também serve como veículo de investimento minoritário de Buffett. Apple, Bank of America, Coca-Cola e outras fazem parte do portfólio do bilionário. As brasileiras Nubank e Stone também integram a lista.

Com informações do UOL