
Morreu na segunda-feira (10), no Rio de Janeiro, vítima de complicações cardíacas, o jornalista Jorge Miranda Jordão, 87.
Nascido em Salvador em 1932, Miranda Jordão iniciou sua carreira em 1954, no jornal Última Hora, de Samuel Wainer, e teve passagens por diversos veículos da imprensa nacional.
Depois de idas e vindas no Grupo Folha, chegou a comandar a Folha da Tarde, jornal relançado em 1967 e direcionado aos estudantes.
Ainda em 1954, recém-chegado ao Última Hora, cobriu, diretamente do Palácio do Catete, o suicídio de Getúlio Vargas. Também dirigiu as sucursais em São Paulo e Porto Alegre.
Em 1969, o jornalista foi demitido e preso pela ditadura militar. Em entrevista ao Centro de Cultura e Memória do Jornalismo, Miranda Jordão disse que teve alguns amigos envolvidos em ações contra o regime.
“Um desses amigos, até agora não sei por que cargas d’água, foi preso e citou meu nome.”
Nessa entrevista, ele afirmou que sua atuação jornalística também pode ter contribuído para a prisão.