
O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) está participando do consórcio mundial Barcoding of Life, considerado o principal programa científico com o objetivo de fornecer dados sobre a biodiversidade em todo o mundo. A ideia do projeto é o conhecimento da vida através de Barcoding, que são os chamados códigos de barra de DNA (ou “códigos da vida”), que podem ser utilizadas na distinção e identificação de espécies.
No Rio Grande do Norte, o programa é supervisionado pelo biólogo e professor do IFRN Neyvan Rodrigues, que concluiu seu pós-doutorado em julho do ano passado no Centro de Biodiversidade Genômica do Canadá. O IFRN é a única instituição do país a participar do projeto.
O trabalho realizado pelo IFRN consiste em fazer um levantamento de insetos e Nematoda (vermes) entomopatogênicos da Mata Atlântica e Caatinga para avaliar a diversidade molecular. Dentro do plano de trabalho, a equipe, coordenada pelo docente, instalou 3 armadilhas do tipo Malaise nos campi de Mossoró, São Paulo do Potengi e Natal.
“Durante 52 semanas estamos realizando coleta de insetos. Posteriormente o material será enviado para sequenciamento e análise da diversidade molecular”, disse Rodrigues.
Essa etapa posterior à coleta dos insetos que caem nas armadilhas consiste em analisar o material para produção de sequências Barcoding, uma espécie de etiqueta genética, vislumbrando toda a diversidade biológica de regiões da Caatinga e Mata Atlântica, conforme explica o coordenador.
“Os benefícios são o conhecimento da diversidade molecular e biológica no planeta, além de avaliar perdas de diversidade biológica, sistemas de manejo da fauna e flora, além de conhecer estratégias para preservação e conhecimento da diversidade em regiões de Caatinga (ecossistema único no mundo e brasileiro) e mata atlântica”, acrescenta.
PROJETO NO MUNDO
No mundo existem aproximadamente 50 nações participantes do consórcio mundial, sendo que no Brasil apenas o IFRN participa. A iniciativa tem um custo global de 180 milhões de dólares, mas veio a custo zero para o instituto federal potiguar. A única contrapartida do IFRN no projeto é a aquisição de álcool absoluto, para a coleta do material.