Hepatite aguda: saiba mais sobre doença misteriosa que afeta crianças

12 de Maio 2022 - 11h01
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Há um mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora um surto misterioso de hepatite aguda grave em crianças. Até essa quarta-feira (11/5), 348 casos foram notificados às autoridades de 20 países e seguem em investigação — 16 deles estão no Brasil.

A hepatite é uma inflamação do fígado, geralmente provocada pelos vírus dos tipos A, B, C, D e E ou pelo consumo de água e alimentos contaminados, intoxicação medicamentosa ou alcoólica. Quando a inflamação ocorre rápida e abruptamente, ela é classificada como aguda.

Porém, o que intriga os médicos é que exames de sangue e biópsias do fígado de crianças do Reino Unido descartaram as causas mais comuns da doença. As principais hipóteses agora giram em torno de uma infecção por adenovírus ou pelo próprio coronavírus, que teriam desencadeado a hepatite.

Cuidados

Para prevenir infecções, a OMS recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar. “O mais importante é ficar atento aos sintomas e procurar atendimento médico imediatamente”, informa o médico Leandro Soares Sereno, assessor de Prevenção e Controle de Hepatites Virais da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em comunicado.

A inflamação do fígado pode ser identificada por sintomas gastrointestinais – como diarreia ou vômito –, febre, dores musculares e icterícia, quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas.

A infectologista Ana Helena Germoglio pondera que, pela causa da condição ainda não estar definida, é difícil estabelecer um protocolo de prevenção. Ainda assim, alguns cuidados adicionais devem ser tomados, como ter cuidado com alimentos contaminados e evitar o contato de crianças e adolescentes sintomáticos com outras pessoas nas escolas e creches.

“No momento, ainda não sabemos o que está causando a hepatite. Se realmente for adenovírus, os principais cuidados são a higienização das mãos, porque ele é transmitido de uma pessoa para outra pela transmissão fecal/oral”, disse.

Com informações do Metrópoles