Farra de Neymar em cruzeiro, mesmo operado, foi a gota d'água para a CBF

31 de Dezembro 2023 - 02h47
Créditos: Reprodução/Instagram

Acabou o mais constrangedor episódio da carreira de Neymar.

Está R$ 20 milhões mais rico. 

O que é muito pouco, para quem tem um patrimônio de cerca de R$ 1,3 bilhão.

Só que perdeu ainda mais apoio, respeito, admiração.

A tarde de ontem finalizou o seu deprimente cruzeiro "Ney em Alto Mar".

Foi alvo de críticas da mídia mundial pela esbórnia a que se submeteu, mesmo recém-operado.

 

O navio MSC Preziosa foi alugado por três dias.

 

Cada cabine custou entre R$ 14 mil e R$ 30 mil.

Todas foram vendidas.

Ou seja, cerca de 4.000 pessoas circularam pela embarcação.

Mas as que importaram foram Neymar e subcelebridades, que formaram um grupo à parte, elitizado, protegido dos demais passageiros, que lutavam por uma selfie com o principal jogador brasileiro desta geração que fracassou nas últimas três Copas do Mundo.

A desmoralização para a figura de um atleta profissional tão importante foi do início ao fim da jornada.

O atacante entrou e saiu do navio "de muletas".

Está em um período crítico da recuperação da contusão mais séria que teve na vida.

Rompimento dos ligamentos cruzados anteriores e lesão do menisco na partida contra o Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Na noite de 17 de outubro, o jogador chorou muito ao deixar o gramado do estádio Centenário de maca.

Jurou que voltaria melhor ainda.

Sua recuperação deverá levar nove meses.

O atacante do Al-Hilal perderá a Copa América.

E desfalcará o clube árabe, que desembolsou cerca de R$ 1,7 bilhão só de salários ao jogador. 

Para se livrar do atacante, o PSG aceitou o enorme prejuízo. Em 2017, pagou 222 milhões de euros, cerca de R$ 1,1 bilhão. E o negociou por 90 milhões de euros, cerca de R$ 482 milhões. Pouco mais de um terço.

Neymar foi a contratação mais cara da Arábia Saudita.

Embora o cruzeiro já estivesse decidido antes da contusão, em momento algum o atleta cogitou cancelá-lo.

A direção do Al-Hilal não se opôs, desde que ele continuasse com a imobilização e o tratamento, leves movimentos para esticar os músculos em torno do joelho esquerdo, para evitar que fiquem atrofiados.

Neymar não quis saber da exposição pública, desnecessária.

Quanto mais críticas, mais fotos, mais vídeos.

Foram 29 shows.

Nas três noites, de acordo com passageiros, Neymar ficou acordado na madrugada, perdendo horas preciosas de sono.

Situação que repete há anos, jogando pôquer e videogame.

O sono perdido para um atleta de alto rendimento é péssimo, cansam de dizer médicos, preparadores físicos, fisiologistas.

As articulações de Neymar não são as mesmas.

As lesões se seguem nos últimos anos.

Seu desempenho se tornou cada vez menos decisivo.

Neymar já garantiu que repetirá o cruzeiro em 2024.

Toda essa postura do jogador tem reflexo na caótica CBF.

Com a destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência e a confirmação de que Carlo Ancelotti ficará no Real Madrid, há um movimento entre clubes e federações.

A meta dessas equipes é tomar o poder da CBF.

Tendo como candidato a presidente Reinaldo Carneiro Bastos.

O comandante da Federação Paulista de Futebol tem todas as chances de assumir o cargo.

E ele representa o cansaço de inúmeros dirigentes da submissão da seleção a Neymar.

Até patrocinadores, que investem bilhões para estarem junto à seleção, não querem mais esse exemplo de descompromisso.

Ao contrário dos banidos Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo del Nero, Rogério Caboclo e o destituído Ednaldo, Reinaldo Carneiro Bastos quer um "trabalho sério" e recuperar a credibilidade da seleção.

Neymar é apontado como figura central nesta decadência do Brasil.

Toda a superproteção da CBF, dos treinadores Felipão, Dunga, Tite e Fernando Diniz não levou a nada. Só fracassos.

Neymar fará 32 anos no dia 5 de fevereiro de 2024.

Terá 34 anos na Copa dos Estados Unidos.

O grupo que apoia Reinaldo Carneiro Bastos não quer mais o Brasil à mercê de Neymar.

Se realmente vencer a eleição na CBF, o combinado entre os dirigentes é colocar um treinador sério, rígido à frente da seleção.

O português Abel Ferreira tem grande chance de estar por trás dessa revolução.

E escapar da inútil "Neymardependência".

Montar uma equipe solidária, competitiva, sem privilégios ao jogador do Al-Hilal.

Com foco em Vinicius Junior, Rodrygo, Vitor Roque, Endrick.

Se Neymar não tiver condições físicas, técnicas e de personalidade para se adaptar, não será fundamental nesta equipe.

Há um cansaço, ranço dos dirigentes.

A espera por Neymar, desde 2011, nunca valeu a pena para a seleção.

São 12 anos de privilégios e frustrações.

A postura de "presidente", rei dos privilégios, que começou com Romário e passou por Ronaldo, foi pessimamente desfrutada pelo "menino Ney".

Seus parças, seus cabeleireiros, o livre acesso de sua família, desmoralizaram o ambiente da seleção.

Ele que tenha aproveitado bem seu cruzeiro.

Porque a jornada na Seleção Brasileira vai mudar radicalmente.

Finalmente o futebol deste país promete se livrar desse constrangimento.

Ficar de joelhos ao midiático jogador e suas farras.

De acumular fracassos.

Ele que siga fazendo suas farras à vontade.

Assuma ser celebridade.

O time pentacampeão do mundo não ficará mais à sua mercê...

Fonte: R7/Cosme Rímole