Escola aposta em atividades lúdicas para falar de prevenção do coronavírus

10 de Março 2020 - 06h01
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Com o avanço do coronavírus e dos casos confirmados em vários países do mundo, o alerta se acende principalmente nos ambientes coletivos. Se, por um lado, não há necessidade para pânico, por outro as pessoas se voltam para hábitos essenciais de higiene e saúde que nunca deveriam ser abandonados.

Nas escolas, a rotina deve seguir normalmente, só que aproveitando a oportunidade para reforçar cuidados que não só combatem o coronavírus, mas também gripes, resfriados e as famosas viroses. Uma alternativa para apresentar a questão de forma mais leve e didática é apostar em atividades lúdicas que possam ser associadas com os novos hábitos.

O primeiro procedimento deve ser trabalhar a equipe e depois orientar as crianças para a higiene regular das mãos com água, sabão e álcool em gel. "Crianças demoram mais para se acostumar com rotinas, então as escolas devem se preocupar com isso agora, enquanto não estamos em um cenário de surto", avalia Mariane Gaspar, diretora da Escola Lápis de Cor.

"Abrir as portas com os cotovelos ao invés das mãos pode ser uma brincadeira", diz. "Cumprimentar pessoas inclinando a cabeça, como os ingleses, pode ser uma aula de etiqueta". Máscaras personalizadas também podem ser parte da prática de artes, assim como sair com a turma para fiscalizar os dispensadores de álcool pode ser uma aventura ou missão.

"Já com os pais, o discurso tem que ser mais direto e objetivo - se eles ou a criança apresentarem sintomas da infeção viral, não devem ir à escola ou outros locais coletivos", alerta a diretora.

No caso das crianças a partir dos 12 anos, deve-se explicar a questão, segundo ela, com atividades científicas. "Mostrar o que é vírus, vacina, quem são os hospedeiros, quais são os sintomas e a origem do problema faz parte do conteúdo de ciências e biologia, sendo papel dos educadores difundir informações corretas e baseadas em pesquisas".

As famílias são corresponsáveis e as maiores interessadas no assunto. Muitos pais estão apreensivos com as informações que circulam, mas devem manter a calma e supervisionar as medidas de prevenção tanto na escola quanto em casa.

"Acredito que é prudente avaliar viagens e passeios que os expõem de forma desnecessária às multidões", opina Mariane. "É como se estivéssemos treinando contra incêndios ou terremotos, que são raríssimos no Brasil, mas o fazemos para ter certeza que estaremos prontos", compara.