Barroso critica "euforia de corruptos" e pede cuidado para crime não compensar

12 de Junho 2019 - 03h52
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Mais um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) se pronunciou sobre o vazamento das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol. Dessa vez foi Luiz Roberto Barroso, que criticou a "euforia que tomou os corruptos e seus parceiros" com a publicação das reportagens do site The Intercept. 

Ele fez a afirmação em entrevista ao programa Em Foco com Andréia Sadi, da Globo News. Para Barroso, "não há nada a celebrar". "A corrupção existiu e precisa continuar a ser enfrentada, como vinha sendo. De modo que tenho dificuldade em entender a euforia que tomou os corruptos e seus parceiros”, declarou.

"A corrupção existiu, eu até tenho dificuldade de entender um pouco essa euforia que há em torno disso se houve algo pontualmente errado aqui ou ali", afirmou Barroso. "Porque todo mundo sabe, no caso da Lava Jato, que as diretorias da Petrobras foram loteadas entre partidos com metas percentuais de desvios. Fato demonstrado, tem confissão, devolução de dinheiro, balanço da Petrobras, tem acordo que a Petrobras teve que fazer nos EUA", disse.

O ministro ainda acrescentou: “ "A única coisa que se sabe ao certo, até agora, é que as conversas foram obtidas mediante ação criminosa. E é preciso ter cuidado para que o crime não compense".

Fonte: G1