Abin falava em invasão 2 dias antes do 8 de Janeiro

16 de Junho 2023 - 08h30
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Relatórios atribuídos à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) que resultaram na operação de busca e apreensão em endereços do congressista indicam que o governo federal tinha relatos de possível violência e invasão de prédios públicos na Esplanada dos Ministérios 2 dias antes do 8 de Janeiro.

O 1º relato de possíveis atos violentos por parte dos manifestantes foi registrado às 19h30 de 6 de janeiro, disponível na 2ª página do relatório. “Há risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades”, informou.

Nesta mesma página do relatório, enviado para órgãos e núcleos que integram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há detalhes sobre a chegada de manifestantes para os atos convocados para o 8 de Janeiro na sede dos Três Poderes.

Às 10h30 de 7 de janeiro, há o 2º registro oficial de que mantinham-se as “convocações para ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos, principalmente na Esplanada dos Ministérios.”

Depois de 1h30, novo relatório mostra que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) contabilizou aumento do número de ônibus fretados com destino a Brasília. “Há um total de 105 ônibus, com cerca de 3.900 passageiros”, sinalizou. No último registro do dia 7 de janeiro, às 16h50, indicou-se a chegada de manifestantes a capital da República.

Ao final da 2ª página e início da 3ª, inicia-se o registro do 8 de Janeiro, às 9h. Indicou-se aumento no número de manifestantes e barracas. Conforme o levantamento, “mais de 16 ônibus desembarcaram passageiros nas proximidades dos QGEx, totalizando 101 veículos até às 8h20”.

Às 8h50, um grupo de manifestantes teve uma “discussão acalorada”,  que resultou na decisão dos atos terem início às 13h na Esplanada dos Ministérios. Relatório das 10h30 novamente indicava que permaneciam as “convocações e incitações para deslocamento até a Esplanada dos Ministérios, ocupações de prédios públicos e ações violentas”.

Com informações de Poder 360