A primeira vítima de Pelé na Seleção

04 de Abril 2020 - 19h01
Créditos:

Pelé estreou na seleção brasileira na Copa Roca de 1957 (atual Superclássico das Américas), no Maracanã, contra a Argentina. E foi neste jogo o seu primeiro gol pela seleção, batendo o goleiro Carrizo, a lenda portenha.

Amadeo Carrizo foi eleito pela Federação de História e Estatística de Futebol (IFHHS), o melhor goleiro da história da América do Sul no Século 20. Tinha uma forma peculiar de jogar, já nos anos 50, gostando de sair jogando. “Meu local de trabalho não é apenas a pequena área”, costumava dizer o arqueiro que foi o precursor do estilo de outros que o sucederam como os argentinos Hugo Gatti e Ubaldo Fillol, o colombiano René Higuita, o paraguaio José Luis Chilavert e o alemão Manuel Neuer.

Embora ídolo em seu país natal, sofreu revés ao retornar a capital argentina após a derrota de 6x1 para a Tchecoslováquia, na primeira fase da Copa do Mundo/1958 e que determinou a volta para casa mais cedo. A delegação foi recebida no aeroporto de Ezeiza com moedas e pedras lançadas pelos torcedores, e acusações de falta de empenho e badalações noturnas.

Ao chegar a sua casa, encontrou-a pichada com palavras ofensivas como traidor e mercenário. O respeito que havia construído fora esquecido. Decidiu nunca mais jogar pela seleção albiceleste.

Carrizo faleceu aos 93 anos, em 20.03.2020, trinta anos após a morte de Lev Yashin, outra lenda das balizas mundiais.

Créditos de informações e imagens para criação do texto: Goleiros: heróis e anti-heróis da camisa 1  (Paulo Guilherme); https://veja.abril.com.br/placar/ha-60-anos-a-estreia-de-um-tal-pele-na-selecao-brasileira/