Torcedores do América aterrorizam baianos com armas, ameaças e metas de agressão

08 de julho 2019 - 12h07
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Episódios violentos fora de campo marcaram a eliminação do América na Série D após a derrota para a equipe baiana Jacuipense, na pequena cidade de Riachão do Jacuípe, na Bahia. 

De acordo com matéria divulgada nesta segunda (08) pelo UOL Esportes, desde o empate sem gols no jogo de ida disputado no último dia 30, no Arena das Dunas, torcedores de uma torcida organizada do América criaram grupos de WhatsApp e, de posse de números de celular de torcedores do Jacuipense, os adicionaram nesses grupos, onde foram feitas ameaças com fotos de armas e promessa de roubo de faixas na partida de volta.

Em alguns trechos das conversas expostas no WhatsApp, torcedores do América colocaram "a prêmio" até um torcedor cadeirante do Jacuipense.

Os integrantes da torcida do América chegaram a criar uma espécie de tabela com "metas" de agressões. As premiações seriam pagas em "gramas", provavelmente de drogas. Roubar muletas e cadeiras de roda, por exemplo, renderia 5g e 10g, respectivamente.

O ônibus da torcida do América chegou a ser parado pela polícia na cidade de onde aconteceu a partida. A polícia apreendeu três porções de maconha, uma trouxa de cocaína, duas bombas artesanais, cinco rojões, três aparelhos celulares e até um pacote de papel seda para confecção de cigarros. Todos os pouco mais de 30 torcedores foram levados à delegacia local.

Apesar de todo o planejamento da torcida do América, não houve registro de confusão durante o jogo.

No entanto, com a eliminação do América, as cenas de violência chegaram logo após o apito final.

Parte da torcida do América conseguiu driblar policiamento e saiu do local antes dos torcedores do Jacuipense.

No momento em que uma entrega de pizzas chegou a pedido do clube baiano para que seus jogadores comemorassem a vitória, os alvirrubros se aproveitaram da abertura do portão para invadir a área restrita do estádio.

Alguns torcedores do América foram até a porta do vestiário visitante cobrar os jogadores de sua equipe; outros, ao mesmo tempo, invadiram o gramado para roubar a faixa que estava no alambrado.

"Aí começou: voando pau e pedra no lado de fora, o treinador gritando para fechar a janela do vestiário, barulho de tiro de bala de borracha, as duas torcidas brigando, jogador chorando, segurança do América segurando uma pistola e apontando pra porta trancada, os jogadores pedindo pra atirar, e o cara tremendo mais que vara verde... Rapaz, foi um negócio pavoroso", descreveu o jornalista Dionisio Outeda, repórter da 98 FM Natal, ao UOL Esporte.

O cenário de caos só foi dissipado com a chegada da tropa de choque ao estádio. Não há registro de prisões decorrentes de tal episódio.

Com informações de UOL Esporte.

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