'Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições', diz Lula

18 de Setembro 2022 - 04h23
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (17) que, se for eleito, as Forças Armadas vão voltar a ter o "papel nobre" que está definido na Constituição, sem nenhum envolvimento nas eleições. A declaração faz referência à pressão que as Forças Armadas têm feito junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), exigindo, inclusive, a realização de um novo teste de integridade.

"Nossas Forças Armadas não tinham que estar preocupadas em fiscalizar urna. Quem tem obrigação de fiscalizar é a Justiça Eleitoral, os partidos e os candidatos. [Se eu for eleito] Vão ter que cumprir com a sua função de garantir a soberania do país contra possíveis inimigos externos", disse Lula durante comício em Curitiba.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também esteve presente no comício, e Lula a saudou como "a mulher mais injustiçada deste país". Na maioria dos discursos do dia, predominaram os pedidos para que os apoiadores de Lula redobrassem os esforços para conquistar mais votos, com o objetivo de terminar a disputa ainda no primeiro turno.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (15), Lula apareceu com 48% dos votos válidos no primeiro turno. Considerando a margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, não é possível cravar se haverá segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que somou 35%.

Com informações do UOL