
No fim de 2021, a produtora de TV Charlotte Coxon, de 39 anos, começou a sentir fortes dores de cabeça. Mesmo com os sintomas se tornando constantes, ela seguiu trabalhando e cuidando dos filhos. Meses depois, passou a ter dificuldades para escrever e dirigir, o que a levou a buscar atendimento médico.
Em janeiro de 2022, exames revelaram um glioblastoma — tipo mais agressivo de tumor cerebral, com expectativa de vida inferior a dois anos em mais de 80% dos casos. Charlotte passou por cirurgia, seguida de sessões de radioterapia e quimioterapia. O tratamento conteve o avanço da doença por dois anos, sem novos sintomas.
No entanto, em março de 2024, exames mostraram crescimento do tumor. O quadro piorou rapidamente e, em 2 de julho, após nova internação, Charlotte faleceu uma semana depois.
Seu marido, John Coxon, passou a atuar como voluntário na Brain Tumour Research, organização que financia pesquisas sobre tumores cerebrais. Os filhos do casal, Thomas e Anna, de seis e três anos na época, seguem se adaptando à perda.
Sintomas do glioblastoma
Os sinais variam conforme a localização e o crescimento do tumor, e podem incluir:
Dores de cabeça (principalmente pela manhã)
Náuseas, vômitos, confusão mental
Alterações de fala, visão e comportamento
Fraqueza muscular e convulsões
Segundo o neurocirurgião Iuri Neville, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, a gravidade dos sintomas depende da região afetada e da velocidade de crescimento da lesão.