Ministro da Previdência diz que Governo Federal só soube da gravidade dos desvios no INSS após operação da PF

15 de Maio 2025 - 15h17
Créditos: Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira (15/5) que o governo federal só teve conhecimento da real dimensão das fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, em abril deste ano.

Segundo Wolney, embora o Ministério da Previdência tenha recebido alertas anteriores, a avaliação era de que o tema já estava sendo tratado internamente pelo INSS e pela Controladoria-Geral da União (CGU). “Recebíamos as informações do INSS de que medidas estavam sendo tomadas, que os critérios estavam sendo endurecidos, que as modalidades estavam sendo rigorosas e que as reclamações estavam diminuindo”, declarou o ministro.

Ele destacou que os dados concretos sobre os desvios só se tornaram públicos após a operação da PF. “Ninguém conhecia anteriormente o tamanho dessas fraudes”, afirmou.

Wolney também revelou que uma auditoria realizada pelo próprio INSS identificou omissões e falhas no sistema, mas que o relatório só chegou ao Ministério da Previdência após a operação policial. “Houve uma auditoria em 2024 que identificou muita falha, ação e omissão. E os resultados só chegaram ao meu conhecimento após a deflagração da operação em abril”, ressaltou.

O ministro argumentou ainda que a complexidade do caso exigia tempo para investigação. “Se fosse uma coisa simples de ser detectada, essa ação teria sido deflagrada pela CGU e PF ainda em 2023”, disse.

Ao comentar os próximos passos, Wolney afirmou que o governo pretende responsabilizar os culpados e garantir o ressarcimento aos prejudicados. “Quero virar a página desse fato, ressarcir os aposentados, buscar os culpados e fazer com que nenhum aposentado ou pensionista seja prejudicado. Essa foi a determinação do presidente Lula.”