Médicos investigam doença que paralisa movimentos de crianças no RN

19 de Novembro 2022 - 07h02
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O que parecia ser uma simples febre com o pequeno Heitor, 1 ano, e em dois dias virou uma perda de movimentos assustou a farmacêutica Idylla Tavares, 37 anos, moradora de Natal. O andar descoordenado e sem a sustentação do pescoço fez com que o filho fosse para uma UTI pediátrica num hospital de Natal, passando quase 22 dias hospitalizado, ao todo. Esse não foi o único caso de uma doença ainda não identificada, com sintomas semelhantes a uma encefalite, mas ainda sem causa definida. Segundo interlocutores da área médica, pelo menos 20 casos semelhantes foram identificados em Natal nas últimas semanas. A Secretaria de Estado da Saúde Pública vai investigar os casos, que até o momento, não apresentaram fatalidade ou sequelas graves.

Esses primeiros diagnósticos estão sendo acompanhados por um grupo de médicos de Natal, que trocam informações, experiências e diagnósticos visando auxiliar a melhor resolutividade para as sintomatologias apresentadas. Os médicos suspeitam de encefalite ou meningite bacteriana. Segundo Kleber Luz, as crianças foram internadas em Natal, mas são oriundas também de Parnamirim, Extremoz e Caicó.

Segundo o infectologista Kleber Luz, não foi possível identificar nenhuma correlação entre as crianças, que possuem de 3 meses a 12 anos.

Quem também acompanha alguns desses casos é a médica Ana Leonor Medeiros, chefe da UTI Pediátrica do Hospital Infantil Varela Santiago. Segundo ela, entre o final de setembro e o mês de outubro foram identificados nove casos de crianças com as mesmas sintomatologias, semelhantes a meningoencefalite.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) identificou seis casos de encefalite em outubro, segundo informações da subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da pasta, Diana Paula Rêgo. Há investigações abertas já na pasta para se identificar as causas dessas encefalites.

“Esse número está dentro da média dos que foram notificados. Alguns casos estão sendo investigados, porque os médicos precisam notificar para podermos investigar. Tudo funciona a partir da notificação”, comenta.

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS Natal) não confirmou nenhuma notificação para casos com essas sintomatologias.

As informações são da Tribuna do Norte. Veja matéria completa.