
Os preços de bens e serviços do país avançaram 0,24% em junho — o que representa um recuo de 0,02 ponto percentual em comparação a maio (0,26%). Em 12 meses até junho, a inflação acumula alta de 5,35%, confirmando o estouro da meta em 2025.
A meta para 2025 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual, com piso de 1,5% e teto de 4,5%, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.
É a primeira vez que a meta será descumprida no novo regime, que utiliza o acumulado de 12 meses, chamado de meta contínua. Se o acumulado ficar acima do fixado por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.
Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, divulgado nesta quinta-feira (10/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA mensura dados nas cidades, de forma a englobar 90% das pessoas que vivem em áreas urbanas no país. O índice pesquisa preços de categorias como transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário, artigos de residência, entre outros.
O IPCA referente a julho será divulgado em 12 de agosto.
BC manda carta para a Fazenda
Com o descumprimento da meta, o Banco Central precisa divulgar uma carta aberta ao titular da Fazenda e presidente do Conselho Monetário Nacional, o ministro Fernando Haddad.
No texto, o presidente Gabriel Galípolo terá que expor as razões para o estouro. Isso porque o BC é responsável pelo controle da inflação, por meio da taxa de juros, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias.
Previsão é que a carta aberta seja publicada às 18h desta quinta.
Com informações de Metrópoles