Governo brasileiro explica por que não chama Hamas de grupo 'terrorista'

13 de Outubro 2023 - 04h03
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O governo brasileiro divulgou nesta quinta-feira um comunicado para explicar por que não chama o Hamas de grupo terrorista, embora tenha condenado os "ataques terroristas" cometidos contra Israel.

Conforme a explicação do Itamaraty, o Brasil, como membro do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), deve seguir as regras e resoluções do grupo — que visa a promoção da paz, segundo a Carta da ONU.

"O Conselho de Segurança mantém listas de indivíduos e entidades qualificados como terroristas, contra os quais se aplicam sanções. Estão incluídos o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, além de grupos menos conhecidos do grande público", afirma o 
Ministério das Relações Exteriores, em nota à imprensa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu críticas de parlamentares de oposição por não ter citado o Hamas na nota que divulgou no Twitter para expressar repúdio aos ataques terroristas cometidos contra Israel no último fim de semana. "Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas", disse Lula, no X (antigo Twitter), no sábado (7).

Na quarta-feira (11), Lula citou o Hamas pela primeira vez, ao falar da situação das crianças sequestradas pelo grupo. E também pediu que Israel permita a evacuação das mulheres e crianças.

Nesta quinta, Lula voltou a condenar os "ataques terroristas", porém sem citar o Hamas. O petista divulgou em suas redes que conversou hoje com o presidente israelense, Isaac Herzog.

Com informações de UOL