Bolsonaro cita “luta do bem contra o mal”, repete Alckmin e diz que PT tenta voltar à cena do crime

07 de Setembro 2022 - 10h35
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Em discurso a apoiadores na Esplanada dos Ministérios, durante os atos de 7 de Setembro, Jair Bolsonaro intensificou os ataques ao PT e ao ex-presidente Lula, agradeceu pela “segunda vida” – em referência à facada de 2018 –  e ainda fez acenos às mulheres por meio da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Durante discurso de aproximadamente 15 minutos, o presidente da República evitou ataques diretos ao STF, mas ressaltou que, em caso de reeleição, pretende trazer “para as quatro linhas todos aqueles que ousem ficar fora delas”.

Em um tom eleitoreiro, Jair Bolsonaro reforçou as diferenças entre as gestões do PT e os seus primeiros anos de governo, com foco principal na chamada pauta de costumes. Ele ainda citou como exemplo as duas primeiras-damas: Michelle Bolsonaro e a socióloga Rosângela Silva – a Janja -, esposa de Lula.

“Somos uma pátria majoritariamente cristã que não quer a liberação das drogas, a liberação do aborto, a ideologia de gênero, um país que defende a vida desde a sua concepção e que combate a corrupção para valer. Isso não é virtude, é obrigação de qualquer chefe do Executivo”, disse Bolsonaro.

“Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas”, disse Bolsonaro.

“Não há o que discutir: uma mulher de Deus, família e ativa na minha vida.”

Depois da comparação e incentivado por apoiadores que acompanhavam o discurso, o presidente da República repetiu a cantilena de que era “imbrochável”.

Em um dos momentos de maiores ataques ao PT, Jair Bolsonaro relembrou a frase dita por Geraldo Alckmin, em 2017, durante as convenções tucanas em referência ao ex-presidente Lula. Na época, o hoje vice lulista defendeu uma união de forças para que o “PT não voltasse à cena do crime.”

“Sabemos que temos pela frente uma luta do bem contra o mal. O mal que perdurou por 14 anos em nosso país, que quase quebrou a nossa pátria e que agora deseja voltar à cena do crime. Não voltarão, o povo está do nosso lado, povo está do lado do bem. O povo sabe o que quer”, declarou, em referência ao ex-presidente Lula.

Aconselhado por aliados, Bolsonaro não repetiu, ao menos em Brasília, o tom duro dos discursos de 7 de Setembro de 2021, quando chamou o ministro Alexandre de Moraes de “canalha” e afirmou que não iria mais respeitar as decisões do magistrado.

Sem citar nominalmente o STF, o presidente da República disse apenas que, caso reeleito, pretende fazer com que todos os atores políticos joguem dentro das quatro linhas da Constituição.

“É obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da constituição. Com a minha reeleição, nós traremos para as quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora dela”, disse o presidente.

Com informações do O Antagonista