Atividade industrial potiguar cai pelo quinto mês seguido

23 de Maio 2019 - 15h16
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A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, no mês de abril, a produção industrial potiguar registrou declínio pelo quinto mês consecutivo. Acompanhando o desempenho negativo da produção, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) passou de 74% para 69%, e foi considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para meses de abril, comportamento que se vem repetindo ininterruptamente desde agosto de 2018. Em linha com a queda da produção, o emprego industrial também recuou entre março e abril.

 

Os estoques de produtos finais, por sua vez, registraram aumento e ficaram acima do nível planejado pelo conjunto da indústria. Os empresários também reavaliaram suas expectativas, o que resultou em queda do otimismo com relação à demanda, às compras de matérias-primas e ao número de empregados, e esperam queda na quantidade exportada nos próximos seis meses, após cinco meses indicando perspectivas positivas.

 

Apesar do quadro de deterioração do desempenho, mostrado acima, a intenção de investimento registrou alta pelo segundo mês consecutivo. Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento mais desfavorável para as indústrias de menor porte. Ou seja, as pequenas indústrias apontaram queda na produção e nos estoques de produtos finais; preveem recuo no número de empregados e nas compras de matérias-primas; e estabilidade nas exportações nos próximos seis meses.

 

As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram que a produção se manteve inalterada e os estoques de produtos finais subiram; esperam crescimento no número de empregados e nas compras de insumos; e redução da quantidade exportada para os próximos seis meses. Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 22/05 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional a perspectiva com relação à quantidade exportada se mantem positiva, embora menos otimista; e a intenção de investimento se encontra em queda pelo terceiro mês seguido.