Zagueiro de gigante de SP diz à Justiça não ter nenhum centavo para pagar suas contas

13 de Junho 2023 - 03h45
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O zagueiro equatoriano Arboleda, do São Paulo, disse à Justiça que ficou sem nenhum centavo em suas contas bancárias para arcar com as despesas necessárias para a sua própria subsistência.

O motivo, disse o atleta, foram as diversas penhoras que sofreu em seu salário em processos nos quais é cobrado por supostas dívidas.

"[Arboleda] encontra-se numa situação absolutamente delicada, com sua remuneração comprometida", afirmou à Justiça a advogada Karoline Brandão, que representa o atleta. "Suas contas estão bloqueadas, e todo o dinheiro encontrado é transferido para a conta judicial".

De acordo com a advogada, as ordens de penhora contra o jogador superam a soma dos R$ 6,5 milhões.

A declaração sobre a sua situação financeira foi feita em um processo no qual a empresa Euro Futs Marketing Esportivo cobra dele uma dívida estimada em R$ 4,9 milhões, valor que inclui correção monetária e juros.

Em 2020, a Euro foi contratada por Arboleda para promover e gerenciar a sua carreira. O contrato previa uma multa de R$ 3 milhões no caso de descumprimento de suas cláusulas.

A empresa afirma que Arboleda quebrou o contrato ao se utilizar de outro agente para acertar a renovação de seu acordo com o São Paulo e que, por isso, recorreu à Justiça para cobrar a multa.

A defesa do jogador disse no processo que ele não descumpriu nenhuma cláusula contratual e que apenas resolveu fazer a sua rescisão, pois a empresa não realizou nenhum dos serviços contratados.

Todos os valores previstos no distrato, afirmou, já teriam sido quitados.

A Justiça ainda não julgou o mérito do processo.

Ao tratar da atual situação financeira do jogador, a defesa de Arboleda pretendia obter o chamado direito à Justiça gratuita, por meio do qual as pessoas em situação de pobreza não precisam pagar as custas e despesas processuais. Considerando os vários processos que ele sofre, as custas são estimadas em cerca de R$ 50 mil.

A juíza Lucia Faibicher recusou o pedido.

"[Arboleda] não pode ser considerado pobre, uma vez que é um renomado jogador de futebol, recebendo salário vultoso", declarou a juíza no processo.

Com informações do UOL