Vida desregrada’ deixa jovens vulneráveis e propensos a AVC, diz especialista

26 de Outubro 2023 - 08h46
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Na atualidade, um dos grandes desafios para a população é reaprender hábitos saudáveis para toda a família, evitando, assim, doenças agravadas pelo comportamento. A estrutura familiar moderna caminhou para consumo alimentar inadequado, com produtos ultraprocessados, alto teor de gorduras, açúcares, sódio e nutricionalmente desbalanceados. Para completar, a falta de atividade física e lazer, aliado ao consumo de álcool, faz crescer o número de casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre jovens.

O AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro e acontece quando vasos sanguíneos entopem ou se rompem, causando a paralisia da área cerebral que ficou sem a irrigação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de internações, incapacitação e mortes por todo o mundo.

São duas as formas de ocorrência do AVC: o isquêmico, que acontece pela formação de placas nos vasos sanguíneos maiores, a aterosclerose, provocando a formação de êmbolos causando a falta de circulação de sangue em alguma área do cérebro; e o hemorrágico, que tem como causa, principalmente, a pressão alta descontrolada, e provoca o rompimento de um vaso cerebral causando hemorragia dentro do tecido ou na superfície do cérebro. Esse último é responsável por 15% de todos os casos de AVC e pode causar maiores danos e mortes com mais frequência do que o isquêmico.

São graves as consequências da falta de controle das taxas do colesterol e açúcar no sangue, pois também desencadeiam doenças cardiovasculares, que também provocam AVC, como o infarto, que pode lesionar o coração. “Para a prevenção do AVC é indicado: não fumar, nem consumir álcool ou fazer uso de drogas, manter uma alimentação saudável, praticar atividade física, controlar a pressão arterial e a glicose do sangue controlados e por fim, beber bastante água, pois as pessoas muitas vezes substituem água por refrigerantes”, esclarece a geriatra e cardiologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Patrícia Adi.

Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Segundo o Ministério da Saúde, deve-se ficar alerta para quando o indivíduo apresentar confusão mental, fraqueza ou formigamento no rosto, braço e perna, especialmente em um lado do corpo, alteração na fala ou na compreensão, desequilíbrio, tontura e dor de cabeça intensa, súbita, sem causa aparente.