Veja: Delação de Palocci aponta que eleições de Lula e Dilma receberam propina

14 de Agosto 2019 - 18h59
Créditos:

No acordo de delação premiada que firmou com a Polícia Federal, o ex-ministro Antonio Palocci envolveu 12 políticos e 16 empresas em transações supostamente criminosas que chegam a mais de 330 milhões de reais — boa parte pagamento de propinas ao PT e a parlamentares. O blog Radar teve acesso a um documento de oito páginas do Supremo Tribunal Federal que confere contornos mais palpáveis à principal frente da delação de Palocci, que cumpre em casa e com tornozeleira eletrônica sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Desde o início, a delação de Palocci causou desconfiança pela falta de comprovações sobre o que era dito. Essa era também a avaliação de procuradores de Lava Jato e do então juiz Sergio Moro, como veio à tona em diálogos vazados do Telegram.

A lista de exemplos envolvendo repasses a campanhas petistas e interesses de empresários é grande, como mostra uma série de publicações do blog Radar nesta quarta-feira, 14. A delação de Palocci não deixa dúvidas: todas as eleições de Lula e Dilma foram financiadas com recursos irregulares de empresas — o que a Lava-Jato já comprovou de diversas formas, é verdade.

Entre os detalhes que o Radar revela, Palocci afirmou que apenas o PT recebeu para suas campanhas eleitorais 270,5 milhões de reais, entre 2002 e 2014. Foram doações, parte declarada e outra não, de grandes grupos e empresas em troca de favores recebidos, afirma o ex-petista. Palocci associa cada doação a um benefício específico que, segundo ele, teria sido alcançado por determinada empresa. Boa parte dessas negociações era realizada por Palocci em sintonia com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari.

Fonte: Veja