UFRN prepara novas discussões sobre o Future-se

08 de Setembro 2019 - 04h50
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O Centro de Tecnologia (CT) e o Instituto do Cérebro da UFRN (ICe) foram as últimas unidades a discutirem anti-projeto do Future-se no primeiro momento de debates promovidos pela UFRN. Uma reunião no final da tarde desta sexta-feira, 6, na Reitoria, ratificou que as discussões sobre o tema precisam continuar, considerando que ainda se trata de uma proposta em desenvolvimento.

Na próxima sexta-feira, 13, o Centro de Educação (CE) realiza mais um debate sobre o Future-se, o quarto desde que este assunto entrou em pauta. Os convidados são a Pró-reitora de Gestão de Pessoas, Mirian Dantas, a professora Erica Gusmão, do CE, e um representante estudantil. No dia 18, também já está pré-agendada nova rodada de conversa com o mesmo foco na Escola de Saúde da UFRN (ESUFRN), faltando confirmar apenas os debatedores.

Segundo o Pró-reitor Josué Medeiros, que mediou grande parte dos encontros, os debates realizados até aqui serviram para entender, discutir e opinar sobre o anti-projeto. Professores, técnicos e alunos tiveram voz, colocando suas dúvidas e posições sobre a proposta do governo federal. “Os principais questionamentos giraram em torno das Organizações Sociais”, completou.

O Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC), do Centro de Tecnologia da UFRN, ficou lotado na manhã desta sexta para tratar essa questão. A Pró-reitora Mirian Dantas e os professores João Emanuel Evangelista, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, e Zéu Palmeira, do Departamento de Direito, conduziram a conversa.

O principal questionamento levantado pelos estudantes e funcionários foi em relação à situação orçamentária das instituições caso o projeto seja recusado no País. Para Zéu Palmeira, ainda não se sabe qual o posicionamento do governo federal em relação a este ponto, mas não se deve limitar à este pensamento sem antes buscar uma mediação.

Ainda pela manhã, o assunto foi tema de encontro no Instituto do Cérebro da UFRN. O Pró-reitor Josué Medeiros apresentou e tirou dúvidas sobre o anti-projeto do governo para mais um auditório lotado.

A neurocientista Bernardete Sousa entendeu a discussão como positiva, sobretudo por serem levantados pontos negativos e positivos. “O Future-se não é o nosso futuro, mas não deixamos de apresentar alguns pontos positivos que a universidade já vem discutindo, alguns já pensados pela gestão atual, embora dentro de outro formato. Em alguns a UFRN até já avançou muito mais do que o que está sendo proposto”, disse.

A primeira discussão oficial sobre o Future-se aconteceu no dia 26 de julho na Associação dos Docentes da UFRN (Adurn). No dia 2 de agosto foi convocada uma reunião extraordinária do Conselho Universitário, aberta a todos os públicos, para tratar exclusivamente deste tema. A partir de então, a UFRN vem realizando debates em todos as suas unidades, na capital e interior. A proposta da Administração Central é estimular o diálogo envolvendo os vários segmentos da comunidade universitária, com objetivo de conhecer diferentes opiniões antes de assumir um posicionamento.