Treinador diz que Palmeiras pagou mala branca ao Ceará em 2018; clube nega

06 de Dezembro 2024 - 16h08
Créditos: Mourão Panda/América

Lisca declarou que o Palmeiras pagou mala branca ao Ceará na reta final do Campeonato Brasileiro de 2018. Técnico do Vozão na época, ele relatou que o incentivo veio para o confronto com o Internacional, que disputava o título com o clube alviverde. O Verdão nega o pagamento.

– Sempre chega via jogadores (mala branca). Em 2018 recebemos, eu estava no Ceará. Jogaríamos contra o Inter, e o Palmeiras ofereceu mala branca, pagou aos jogadores. Recebemos e na hora da divisão foi uma confusão, a mala branca mais atrapalhou... – declarou, em entrevista à Cazé TV.

– Os jogadores naquela época falaram que seria só nosso. Só atrapalhou, atrapalhou no jogo, porque os jogadores deram tudo contra o Inter e no jogo seguinte todo mundo com tanque vazio (risos). Foi ruim (a experiência), a gente empatou o jogo, achei que era só para ganhar o jogo, mas na verdade era para empatar, também. Foi a única experiência que tive e não foi muito legal. Depois que eu soube que ela é proibida, eu procuro não participar – acrescentou.

O Palmeiras declarou ao ge que o relato não é verdade e não fez o pagamento. O clube acrescentou que "se pauta por condutas éticas".

O Ceará, procurado pela reportagem, não irá se pronunciar. Uma fonte ligada ao clube, contudo, relatou que a confusão citada por Lisca se deu pois havia um acordo para que a mala branca fosse inicialmente dividida entre todos os funcionários do departamento de futebol, em valores iguais.

O técnico, porém, não teria concordado e realizou uma nova reunião para definir apenas os jogadores como os que receberiam o incentivo, o que gerou um desagrado no clube.

O jogo citado por Lisca foi na 33ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2018. O Ceará recebeu o Internacional e ficou no 1 a 1, no Castelão.

Na ocasião, o Colorado era o rival mais próximo do Palmeiras, líder com cinco pontos de vantagem. O time alviverde terminou como campeão brasileiro.

O pagamento de mala branca não é um tema novo no futebol, e é proibido no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Segundo o artigo 242 do CBJD, "dar ou prometer vantagem indevida a membro de entidade desportiva, dirigente, técnico, atleta (...) para que, de qualquer modo, influencie o resultado de partida, prova ou equivalente" pode gerar multa de R$ 100 a R$ 100 mil e suspensão de 180 a 360 dias.

Com informações do GE

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