Tico Santa Cruz, líder dos Detonautas, ficou revoltado com um comentário de Digão, dos Raimundos, ironizando o afastamento de redes sociais por problemas de saúde mental. "Maldade e canalhice", escreveu Tico.
Tudo começou quando o músico dos Detonautas anunciou que saiu do Facebook e do Twitter por sofrer ataques de ódio e, por isso, estar sofrendo com problemas se saúde mental.
"Procurei um médico - como todos devemos fazer - e estou em processo terapêutico", ele escreveu na sexta-feira (18).
No sábado (19), Digão postou uma foto em um avião com a legenda: "Bom dia para quem trabalha e não precisa sair de rede social por problema de saúde mental".
Digão não citou Tico. Mesmo assim, o líder dos Detonautas ficou revoltado em post no Instagram.
"A questão da saúde mental é algo extremamente sério. Devemos ter cuidado e respeito por todas as pessoas e não são poucas, que vem a público expor suas fragilidades, porque são milhões de brasileiros e brasileiras que estão enfrentando inúmeros problemas e precisam de ajuda, não de chacota.
Quando resolvi me afastar por algum tempo das redes, por uma questão séria de saúde mental, foi pra justamente evitar esse tipo de gente e comentário tóxico!
Mas já que o Digão, optou por fazer piada de algo tão importante, e não me surpreende, deixo aqui o registro! Para que vocês entendam de uma vez por todas, o tamanho da maldade e da canalhice que tomou conta desse país!
Podem se degustar com esse banquete de insensibilidade e irresponsabilidade!
Meu compromisso com essa bandeira é sincera e verdadeira! E se você estiver passando por algum momento de dificuldade, não tenha medo dessas pessoas - procure ajuda!"
Essa não é a primeira briga entre Tico e Digão. Em 2021, o líder dos Detonautas lançou uma música chamada "Roqueiro reaça", com os versos "você parou no tempo e se tornou um boçal, sua pose de roqueiro do mal é uma farsa, não tem mais graça” e “espalha preconceito e desinformação, dá voz a autoritarismo e negação, mas que desgraça, tu é ‘reaça'”.
Nos últimos anos, Digão defende causas conservadoras, quando disse que "não se sentia à vontade" com o quadrinho que tinha um beijo gay e foi censurado pelo ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella em 2019.
Digão disse em 2020 que as medidas de distanciamento social por causa da pandemia de Covid-19 eram uma "amostra grátis do comunismo", com "liberdade limitada" e "medo provocado por mídias".
Com informações do G1