Terceiro tipo de câncer mais comum entre brasileiras pode ser erradicado; saiba qual é, sintomas e como tratar

23 de Janeiro 2022 - 11h17
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Com mais de 16 mil casos e cerca de 6.500 mortes anuais, o câncer de colo do útero é o terceiro mais comum entre as brasileiras. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), ele fica atrás apenas do câncer de mama e do colorretal.

No entanto, é uma doença que com acesso ao exame preventivo e alta taxa de adesão à vacina poderia ser uma doença erradicada. Esse é o alerta da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica) no janeiro verde, mês de conscientização sobre a doença.

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção de alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos). Embora frequente, a infecção genital por esse vírus não costuma causar doença, mas, em alguns casos ocorrem alterações celulares que evoluem para o câncer.

Essas alterações podem ser descobertas facilmente através do exame preventivo, papanicolau, disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Há também vacina para meninos e meninas contra o vírus HPV. A SBCO acredita que juntas, essas duas medidas são capazes de erradicar a doença.

Entre os principais riscos da doença estão:

  • Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros;
  • Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados);
  • Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

Como prevenir a doença

Desde 2017, teoricamente, a vacina tetravalente contra o HPV é disponível para todas as meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

O INCA alerta que mesmo as mulheres vacinadas, a partir dos 25 anos, elas devem fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV. Para mulheres com imunossupressão (diminuição de resposta imunológica), vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até 45 anos de idade.