Rogério Marinho condena 'visão ultrapassada' de Lula na ONU

21 de Setembro 2023 - 13h23
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O senador Rogerio Marinho (PL-RN), em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (20), criticou a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU. O parlamentar repreendeu o posicionamento do presidente brasileiro e do Partido dos Trabalhadores (PT), alegando que o discurso de Lula defendeu uma visão "ultrapassada e anacrônica" de gestão, em descompasso com a era da tecnologia e da inovação. 

O parlamentar ressaltou que, desde a promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943, o cenário mundial mudou drasticamente. Com a evolução tecnológica, inovação e flexibilidade se tornaram essenciais para a eficiência e integridade dos trabalhadores, avaliou. Ele argumentou que países que adotaram o socialismo, como Venezuela e Cuba, são exemplos de insucessos econômicos. 

 — Um presidente da República que vai à ONU e fala que o neoliberalismo agrava desigualdades econômicas e deixa como legado "uma massa de deserdados e excluídos" [...] Hoje pouco mais de 10% da população está abaixo da linha da pobreza; naquela época, eram mais de 90%, e não foi o socialismo, não, foi o capitalismo que fez esse verdadeiro milagre. Qual é o país por inspiração socialista que conseguiu modificar a situação econômica da sua respectiva população? [...] Veja o que está acontecendo com a Venezuela, com Cuba, com a Coreia do Norte — enfatizou. 

O parlamentar também levantou questionamentos sobre a liberdade de expressão e criticou iniciativas governamentais que podem cercear esse direito, como a criação de um “ministério da verdade” dentro da Advocacia-Geral da União (AGU). 

— Quando a Advocacia-Geral da União, por exemplo, cria uma espécie de ministério da verdade, fazendo com que aquela profecia distópica de George Orwell se transforme em realidade nos dias de hoje [o livro 1984], cria-se uma estrutura dentro da Advocacia-Geral da União para impedir que as pessoas possam se manifestar criticamente contra o governo de ocasião. Vivemos tempos estranhos e desafiadores — disse.

Com informações da Agência Senado