RN: Plataforma oferta mais de 46 mil bolsas de estudo no ensino superior

14 de Fevereiro 2020 - 07h03
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Os meses de fevereiro e março ainda são os principais para ingressar no ensino superior. Mesmo após o anúncio dos resultados do Sisu e do Prouni, as instituições de ensino privadas ainda ofertam vagas para o 1º semestre do ano letivo com bolsas de estudos. O Quero Bolsa , principal plataforma de acesso ao ensino superior, oferece mais de 46 mil bolsas de estudo, em 24 instituições de ensino privadas no estado do Rio Grande do Norte. As bolsas são para cursos de graduação e pós-graduação, nas modalidades presencial e a distância. O maior desconto concedido no estado chega a 78%.

Esse tipo de oferta crescente de bolsas de estudo tem se consolidado como alternativa aos programas públicos, como o Fies , que a cada ano tornam-se mais restritivos. "Diferentemente do Fies e de outros programas de inclusão mantidos pelo governo federal, as faculdades privadas não exigem contrapartidas sociais, ou seja, as bolsas estão disponíveis para todos, independentemente da renda ou de ter cursado o ensino público. Essa facilidade tem estimulado o ingresso de pessoas que não puderam fazer faculdade na idade adequada e tem permitido a muitos jovens realizar o sonho do curso superior", conta Lucas Gomes, diretor de Ensino Superior do Quero Bolsa.

Hoje, para cada aluno que usa Fies há outros dois beneficiados por bolsas concedidas pelas próprias instituições, por meio de plataformas como o Quero Bolsa .

Alternativa ao Fies

A principal vantagem da bolsa de estudo é o fato do aluno pagar uma mensalidade menor do que a usada como referência para os contratos de Fies. "As instituições de ensino costumam cobrar o preço integral da mensalidade quando o aluno tem contrato de financiamento. Na prática, isso significa que o preço cheio tem o mesmo efeito do juros, ou seja, o aluno que financia paga mais caro do que o estudante que paga suas mensalidades ao longo do curso", explica Lucas Gomes.

Em janeiro de 2018, a Controladoria Geral da União (CGU) constatou que, em média, alunos com contratos com o Fies pagavam 20% a mais do que estudantes não atendidos pelo programa. Na época, os auditores da CGU analisaram 29.789 contratos de financiamento e descobriram que em 97% dos casos, o aluno financiados estavam em desvantagem. Foram relatados casos em que as mensalidades de alunos com Fies eram equivalentes ao dobro dos alunos bolsistas.