Psicóloga potiguar traz dicas de como lidar com a ansiedade

14 de julho 2023 - 12h59
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A ansiedade, segundo o CID F41.1, é caracterizada por medo ou preocupação excessiva e persistente, não limitada a uma situação específica. Essa condição pode ser mais complexa do que parece, afetando não apenas o presente e o futuro, mas também o passado. Estudos revelam que traumas e situações adversas da infância podem ser desencadeadores do Transtorno de Ansiedade, uma vez que tais eventos permanecem armazenados no inconsciente.

O equilíbrio entre corpo, mente e emoções é essencial para o bem-estar geral de uma pessoa. Quando um desses pilares é afetado, os demais também sofrem as consequências. Na ansiedade, o cérebro produz excessivamente cortisol e adrenalina, hormônios relacionados à resposta de luta ou fuga, resultando em sintomas desconfortáveis e até mesmo em problemas de saúde física.

Os sintomas da ansiedade podem se manifestar de diferentes formas:

1. Sintomas Cognitivos: incluem preocupação excessiva com o lado negativo das coisas, pensamentos catastróficos e pessimismo.

2. Sintomas Emocionais: agitação, hiperatividade, nervosismo, impaciência, infelicidade e irritação são comuns em pessoas ansiosas.

3. Sintomas Comportamentais: indivíduos com ansiedade podem buscar controlar tudo ao seu redor, apresentar insegurança, medo e até mesmo agressividade.

4. Sintomas Físicos: fadiga, insônia, falta de ar, palpitações, tremores, sudorese, dores musculares, dores de cabeça, distúrbios intestinais, problemas de pele e até mesmo perda de cabelo podem ser sintomas físicos associados à ansiedade.

Esses sintomas podem ter um impacto significativo na vida das pessoas, podendo levar ao desenvolvimento de outros transtornos, como as crises de pânico.

“A cura para a ansiedade envolve a criação de "portas” neurais no cérebro, estimulando a produção de hormônios da felicidade, como dopamina, endorfina e serotonina. Ao mesmo tempo, é importante reduzir a produção de cortisol e equilibrar os níveis de testosterona, hormônios associados à ansiedade. Entender como combater esses hormônios é fundamental”, destaca a psicóloga Bruna Pegado, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental.

A seguir, Bruna traz algumas estratégias para estimular a produção dos hormônios da felicidade e reduzir a ansiedade:

Dopamina (rede de recompensa):
- Desfrute dos prazeres alimentares com moderação.
- Estabeleça e alcance objetivos a curto, médio e longo prazos.
- Conclua tarefas e sinta-se realizado.
- Cuide de si mesmo.

Endorfina (analgésico natural):
- Pratique exercícios físicos regularmente.
- Ouça música que lhe traga prazer.
- Assista a filmes e séries que proporcionem entretenimento e risadas.

Serotonina (estabilizador do humor):
- Exponha-se ao sol e aproveite o contato com a natureza.
- Encontre momentos de leitura e reflexão em um bom livro.
- Pratique a meditação para alcançar a tranquilidade interior.

“Além dessas estratégias hormonais, existem outros pilares essenciais para reduzir e combater a ansiedade. A terapia, a prática de atividade física regular, uma alimentação saudável e balanceada, a mudança de padrões de pensamento negativos, a meditação e até mesmo o banho gelado podem contribuir significativamente”, explica a profissional.

O banho gelado também possui inúmeros benefícios para combater a ansiedade. O contato com a água gelada, por um período de 30 segundos a dois minutos, proporciona alívio da dor. O gelo tem um efeito analgésico natural, capaz de amenizar dores crônicas, incluindo dores de cabeça, nas costas e musculares.

Além disso, o banho gelado fortalece o sistema imunológico, estimulando a produção de glóbulos brancos responsáveis pelo combate a infecções. A água gelada também melhora a circulação sanguínea e contribui para a queima de gordura.

“A ciência também comprovou que o amor pode ajudar a combater a ansiedade. Quando nos conectamos com pessoas amadas, ocorrem mudanças biológicas em nosso organismo, gerando sensações de bem-estar e prazer. De acordo com Louise Hay, o amor é capaz de curar muitas doenças, incluindo a ansiedade”, destaca.

Portanto, é fundamental trabalhar as questões emocionais da infância, manter uma rotina de exercícios físicos, alimentar-se de forma saudável, desfrutar de um banho gelado revigorante e cultivar o amor pelo próximo. Lembre-se de que as bagagens emocionais da infância não são culpa nossa, e ressignificá-las é essencial para viver o presente com gratidão e enxergar o lado positivo em todas as situações.

Para mais informações e conteúdo: https://www.instagram.com/brunapegadopsicologa/