Procuradora diz que Hotel Reis Magos está “intacto”, “pleno” e não é ruína

07 de Agosto 2019 - 13h22
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A procuradora do Patrimônio e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte, Marjorie Madruga, disse em entrevista ao Bom dia RN, da InterTV Cabugi, nesta quarta-feira (07), que o antigo Hotel Reis Magos, que está abandonado há mais de duas décadas na Praia do Meio, na orla urbana de Natal, está “intacto” e não está em ruínas.

“O Hotel Reis Magos não é uma ruína, ele não se caracteriza como um fragmento. O prédio está intacto, o prédio está inteiro, pleno, embora deteriorado pela ação do homem através do seu abandono e do tempo”, disse a procuradora na TV.

Marjorie Madruga explicou que atualmente há três pedidos de tombamento que tramitam na União, Estado e Município de Natal que são de iniciativa da sociedade civil, através do Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural e da Cidadania (IAPHACC), sendo a Procuradoria Geral do Estado (PGE) obrigada a se manifestar no processo, já que o Estado é o ente tombador. “Então nesse sentido é que a Procuradoria Geral do Estado ela se manifesta como órgão”, explicou.

Sem apresentar números em relação a custos, a procuradora disse que há um laudo elaborado pela empresa PS Engenharia que atesta a “viabilidade econômica e fundacional” do imóvel “provando que ele é plenamente recuperável pelas tecnologias atuais”.

Ela justificou ainda que o processo de tombamento do Hotel Reis Magos está baseado em estudos e pareceres técnicos dos departamentos de Arquitetura e História da UFRN e por um estudo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

“Esses estudos são unânimes, robustos e conclusivos no sentido de dizer que o Hotel Reis Magos é portador de valores culturais que exigem a proteção do poder público”, comenta Marjorie.

ARQUITETURA MODERNISTA

Marjorie Madruga acrescentou que o parecer da PGE defende o tombamento das partes que são representativas da arquitetura modernista, que são “a fachada, a volumetria, permitindo a demolição de outras partes”, sendo, portanto, um “tombamento parcial”.