
Em ano Paralímpico, ele não podia ter aberto de maneira melhor o calendário de competições. O potiguar Júnior França, parahalterofilista da Sadef (Sociedade Amigos do Deficiente Físico do RN) desbancou todos os adversários e foi ao topo do pódio na Copa do Mundo da modalidade, na Nigéria.
"É fruto de muito trabalho. Desde o ano passado, não tive folga nos treinos. Meu foco está totalmente voltado para a meta de alcançar uma vaga nos Jogos de Tóquio", diz Júnior.
O potiguar, da categoria até 49kg, levantou 145kg em sua segunda tentativa. O nigeriano Muhammed Gbadamosi (135kg) e o ganês Peter Abiola (80kg) completaram o pódio. A marca de Júnior supera o feito dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 em quatro quilos. Na capital peruana o halterofilista, que nasceu com artrogripose, também faturou o ouro.
"O ouro é ainda mais especial quando lembro que foi na Nigéria, que é hoje o melhor país do mundo no parahalterofilismo. Disputei inclusive com o campeão mundial na minha categoria, o que não me intimidou", comemora Júnior.
"Mais uma vez, é muito boa a expectativa sobre a participação de potiguares nas Paralimpíadas. Júnior começou 2020 como fortíssimo candidato, e outros atletas da Sadef seguem com chances", avalia Tércio Tinoco, presidente da associação.
No caso do halterofilismo, um dos critérios para definição das vagas na Paralimpiada de Tóquio é o ranking mundial. Os oito melhores em cada categoria tem participação garantida. O atleta da Sadef começou a temporada em nono.